Engenharia 360

Startup faz impressão 3D de mão biônica movida a energia solar

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por Larissa Fereguetti
| 05/11/2020 3 min
Imagem: TechXplore

Startup faz impressão 3D de mão biônica movida a energia solar

por Larissa Fereguetti | 05/11/2020
Imagem: TechXplore

A prótese deve ser comercializada em breve, a um preço menor que o dos dispositivos importados da Europa.

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A prótese deve ser comercializada em breve, a um preço menor que o dos dispositivos importados da Europa.

A startup tunisiana Cure Bionics está desenvolvendo um protótipo de mão biônica impressa em 3D que é movida a energia solar. A ideia é que a peça possa ajudar amputados e outras pessoas com deficiência em todo o continente africano.

A prótese funciona por meio de sensores acoplados ao braço, os quais detectam o movimento muscular. Um software de inteligência artificial faz a interpretação e transmite as instruções aos dedos. O punho pode virar para os lados e o polegar e os demais dedos se dobram nas articulações

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cure bionics mão biônica sobre mesa
Prótese desenvolvida pela startup. Imagem: TechXplore

Uma das diferenças para os dispositivos tradicionais é que a prótese da Cure Bionics pode ser personalizada para crianças e adolescentes, sem exigir que os modelos sejam redimensionados à medida que os jovens crescem.

Os planos da Cure Bionics também envolvem desenvolver um sistema de realidade virtual semelhante a um videogame que auxilie os jovens a usar a mão artificial via fisioterapia. “Atualmente, para a reabilitação, as crianças são convidadas a fingir que abrem um pote, por exemplo, com a mão que não têm mais´. Leva tempo para conseguir ativar os músculos dessa maneira. Não é intuitivo e é muito enfadonho.”, afirmou Mohamed Dhaouafi, CEO da empresa.

A ideia é fazer com que os jovens escalem edifícios, como o homem-aranha, com um placar que os ajuda na motivação. É possível ter acompanhamento médico à distância. Além disso, a impressão 3D permite que a prótese seja personalizada conforme o gosto do usuário.

fundador da cure bionics mão biônica
Mohamed Dhaouafi, engenheiro, CEO e fundador da Cure Bionics. Imagem: TechXplore

Aos 28 anos, Mohamed Dhaouafi também é fundador da startup. Ele fez seu primeiro protótipo quando ainda era estudante de engenharia na cidade de Sousse, na Tunísia. A inspiração para o fato do projeto ser uma mão é que um membro de sua equipe tinha uma prima que nasceu sem mãos e cujos pais não podiam pagar uma prótese, especialmente pelo fato de que ela ainda estava em fase de crescimento e sempre precisaria de uma prótese nova.

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Enquanto muitos colegas de Dhaouafi decidiram ir para o exterior em busca de salários mais altos e uma experiência internacional, ele abriu a sua startup na casa dos pais, em 2017, para provar que conseguia realizar seu sonho. “Queria provar que era capaz. Também quero deixar um legado, mudar a vida das pessoas”, afirmou.

Os desafios foram muitos. Não é fácil encomendar pelas por meio de grandes sites no país, por exemplo, já que faltam verbas e investimento. Ele juntou dinheiro por meio de competições patrocinadas e por meio do investimento inicial de uma empresa dos EUA, conseguindo recrutar quatro jovens engenheiros. Atualmente, eles estão ajustando os projetos, escrevendo códigos e testando a mão artificial.

time de engenheiros trabalhando na mão biônica
Engenheiros da Cure Bionics trabalhando na mão biônica. Imagem: TechXplore

A ideia é que a prótese da Cure Bionics seja comercializado dentro de alguns meses. O preço deve ser entre US$2.000 a US$3.000, que é menos do o valor das próteses biônicas importadas da Europa.

Fonte: TechXplore.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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