Um novo sistema de controle para mão protética impressa em 3D está mostrando uma grande avanço na realização de movimentos dos dedos, com alto grau de precisão e poucos requisitos de treinamento.

Novidade em prótese manual:
A mão protética, recentemente testada por um grupo de sete participantes, requer treinamento mínimo. A tecnologia, especialistas esperam, melhorará muito a qualidade de vida dos amputados.
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Controlados por sinais elétricos dos músculos de um ser humano, os participantes do teste, incluindo um amputado de membro superior, foram capazes de testar toda a gama de movimentos do sistema.
O sistema protético de fácil utilização pode ser um grande passo para tornar esta tecnologia mais acessível. Esta abordagem “amigável” com o usuário no treinamento da prótese é muito importante.
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Alguns dados:
A motivação do trabalho cita que, nos EUA, existem aproximadamente 540.000 amputados de membros superiores, dentre os quais, de 50% a 60% usam mãos protéticas diariamente para tentar melhorar a sua qualidade de vida. Por isso, é uma alta prioridade para os fabricantes de próteses continuarem a investir no conforto dos seus produtos.
Embora os avanços para próteses estejam chegando rapidamente, muito trabalho ainda pode ser feito para melhorar a usabilidade e a acessibilidade dos modelos existentes e futuros.
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Superando limitações das próteses atuais:
A prótese mioelétrica comercialmente disponível, que normalmente capta sinais elétricos dos músculos, pode custar entre US $ 25.000 e US $ 75.000. Sim, tudo isso. E mesmo diante de tamanho custo, essas próteses exigem muito treinamento para atingir o uso eficaz.
Para superar essas limitações, pesquisadores da Escola de Engenharia da Universidade de Hiroshima, junto a colaboradores de Centro de Reabilitação Robótica do Instituto Hyogo de Tecnologia Assistiva do Japão, criaram uma prótese impressa em 3D mais adaptável.
A mão protética tem cinco dedos acionados de forma independente e usa um sistema de controle único alimentado pela “teoria da sinergia muscular”, que permite movimentos mais complexos.
O sistema essencialmente permite que diferentes dedos sejam movidos com mais eficácia do que os modelos existentes, tudo ao mesmo tempo. Isso facilita muito a realização de movimentos cotidianos, como segurar um caderno ou uma garrafa, por exemplo.

Falando em números, os resultados do trabalho indicaram que, usando o novo sistema, os participantes puderam realizar 10 movimentos diferentes dos dedos com mais de 90% de precisão.
Uma das próximas áreas de foco para os pesquisadores é aliviar a fadiga sentida pelos usuários no uso prolongado do sistema protético.
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Fonte: Science Robotics. Interesting Engineering.
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Kamila Jessie
Doutoranda e mestre em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo, é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária.