Vamos começar este texto explicando esta expressão, 'áreas molhadas'. Obviamente, isso tem a ver com os ambientes com torneiras ou que recebem a incidência de chuvas, que são banheiros, cozinhas, lavanderias e varandas.
E o que queremos ter nesses cômodos? Segurança, praticidade e durabilidade dos pisos e outros revestimentos. Isso vai depender das características dos materiais escolhidos, mas também das práticas de limpeza. Por exemplo, por que não colocamos pisos laminados nessas áreas? Porque, pelo menos aqui no Brasil, as pessoas costumam jogar água para passar o pano e limpar; e a água faz a madeira trabalhar; já em pisos muito lisos, a prática diminui o atrito e pode levar a escorregões e acidentes.
Para evitar escorregões e acidentes
Algo que os arquitetos e engenheiros observam nos materiais que escolhem de revestimento para as construções é o 'coeficiente de atrito'; e esse, aliás, deve ser igual ou maior que 4. Depois, os projetistas também olham para o coeficiente de resistência do revestimento à abrasão e ao tráfego de pessoas; o mesmo pode variar entre 0 e 5 - sendo 0 para paredes e 5 para pisos.
Opções de pisos para áreas molhadas
1. Ladrilhos e pedras naturais
Casas antigas levam este revestimento em piso de áreas molhadas. Mas, numa reforma, o certo é remover a resina antiga, fazer o polimento das peças e passar uma nova resina hidrofugada de alto tráfego. Esse é o mesmo indicado para placas de pedras naturais, como o granito. Mas, atenção, pois as pedras não podem ser polidas se forem ficar em áreas externas; inclusive algumas são tão finas que nem aguentam polimento, como é o caso da ardósia. Nesse caso, basta fazer a lavagem e impermeabilização.
O granito é uma excelente opção para áreas molhadas, difícil de riscar, quebrar e manchar. O mármore também é visto bastante em projetos de áreas molhadas. Contudo, essa segunda pedra é muito mais frágil, muito mais passível de danos por ser menos dura e mais frágil, até com umidade. Por isso, se quiser usar o mármore, que seja apenas em paredes.
2. Cerâmicas e porcelanatos como revestimentos
Neste item, precisamos destacar que algumas cerâmicas apresentam qualidade inferior, podendo sofrer com manchas e riscos. Contudo, outras peças já são o oposto, duráveis, resistentes - inclusive a fungos e bolor. Mas as cerâmicas que passam por fabricação em altas temperaturas, chamadas de porcelanatos, são menos suscetíveis a manchas, riscos, abrasão e quebras, além de apresentarem baixa absorção de água. O ideal para áreas molhadas seriam as peças mais rústicas ou antiderrapantes.
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3. Revestimentos modernos
Esqueça o vinil, que definitivamente não pode receber água diretamente. Vamos começar com as pastilhas, que podem ser feitas de cerâmica, vidro ou resina, muito bem indicadas para áreas molhadas. Ainda existem agora os adesivos próprios para decorações de banheiros e cozinhas. Aliás, até pode-se cogitar papel de parede com proteção vinílica para lavabos. E não vamos nos esquecer das tintas epóxi para cobrir azulejos antigos e até superfícies de banheiras e tampos de pedra de pia.
Já a madeira, sim, é possível opção dentre os revestimentos, preferencialmente aquelas mais duras - como a teca, o jatobá, cumaru e ipê -, com excelente resistência à umidade. Apesar disso, madeiras devem ser impermeabilizadas - talvez com verniz marítimo ou naval, ou stain - para que possam ser usadas. E o MDF também é uma alternativa quando revestido com laminado melamínico, segurando a penetração da água por mais tempo - embora possa ficar muito danificado perto de box e mais.
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.