Engenharia de Inovação

Conheça a cor mais escura do mundo

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Por: David Thomas | Em: | Atualizado: 9 anos atrás | 1 min de leitura

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Em meio a tantos problemas mundiais cientistas dedicam seu tempo na criação da cor mais escura do mundo. Seu nome é Vantablack, feito com nanotubos de carbono, absorve 99,96% da luz, isso torna impossível para olhos humanos distinguir qualquer aspecto de sua superfície ou contorno, mesmo se ele for irregular, assim o tornando praticamente invisível, só é possível vê-lo contra uma superfície mais clara.
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Imagem: ShutterStock

Produzido em alumínio, o Vantablack foi desenvolvido para ser utilizado em telescópios, câmeras e sistemas ópticos que precisam reduzir a reflexão e difração da luz. Isso melhoraria a capacidade de telescópios fotografarem astros distantes e aperfeiçoaria a sensibilidade de instrumentos de navegação terrestres e aéreos. O professor de ciência das cores Sthephen Westland, da universidade de Leeds, se impressionou com tal feito. "A menos que você tenha visto um buraco negro, ninguém nunca viu algo que não reflita luz. Estes novos materiais são basicamente o mais perto do preto com ausência total de luminosidade que podemos chegar. É o mais perto de um buraco negro que conseguiremos imaginar", afirma ao The Independent. Parece que descobrimos de que são feitos aqueles buracos portáteis de Roger Rabbit, e para quem entendeu a referência ao filme, Uma cilada para Roger Rabbit de 1988, sim, estamos ficando velhos! nano-black-blog-da-engenharia

+ Sobre Nanotubos

Os nanotubos de carbono, são cilindros ou tubos ocos formados por alótropos de carbono com proporções nanométricas (1 nanômetro é igual à bilionésima parte de um metro (10-9 m)). Para você ter uma ideia, é como se fosse uma folha de papel enrolada, mas é formada por átomos de carbono e tem a espessura de apenas um átomo. Eles são 100 mil vezes mais finos que um fio de cabelo e invisíveis até para microscópios ópticos. nanotube-blog-da-engenharia Essa nova classe de materiais foi descoberta em 1991, por Sumio Iijima. A partir de então, ela tem sido alvo de estudos dos cientistas, pois representou uma grande revolução graças às suas propriedades que superam as de qualquer material até então conhecido. Os nanotubos de carbono podem ser classificados por um só desses cilindros, sendo classificado como nanotubos de parede única. Mas existem também os nanotubos de parede múltipla, que são formados por vários cilindros que estão enrolados de maneira concêntrica, ou seja, com um centro em comum. Essas variedades de propriedades são importantes porque fazem com que os nanotubos possam ser usados em uma diversidade muito grande de aplicações. Por exemplo, se o nanotubo de carbono for condutor, ele poderá transmitir a eletricidade de uma forma até 1000 vezes mais eficiente que os fios de cobre. Já os semicondutores podem ser usados em circuitos eletrônicos refinados graças às suas dimensões que são muito reduzidas, podendo ser utilizados em nano processadores para substituir os chips de silício atuais. Se puderem ser adicionados aos polímeros sintéticos (plásticos), formando estruturas chamadas de nanocompósitos, os nanotubos podem endurecê-los ou torná-los condutores de eletricidade. Os nanotubos também apresentam extraordinárias propriedades mecânicas, pois são bastante resistentes à ruptura sob tração, sendo 100 vezes mais resistentes que o aço e possuindo apenas 1/6 de sua densidade. Por isso, eles também poderão ser usados na construção civil e até mesmo na construção da fuselagem de aviões, carros, foguetes e ônibus espaciais da NASA. Se forem adicionados a tecidos, os nanotubos poderiam torná-los indestrutíveis, sendo mais eficientes que o polímero Kevlar usado em coletes à prova de balas. Realmente fascinantes! Referênciaswww.scmp.comwww.nbcnews.comca.news.yahoo.comwww.huffingtonpost.com.

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