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Como são feitas as garrafas PET?

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por Kaíque Moura
| 10/07/2017 | Atualizado em 21/03/2024 4 min
Imagem de Freepik

Como são feitas as garrafas PET?

por Kaíque Moura | 10/07/2017 | Atualizado em 21/03/2024
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As garrafas PET que você usa todos os dias, que está presente em nossos momentos de família, na geladeira de casa, no supermercado e mais, esconde uma história fascinante. Ela pode guardar tantas coisas. Ter tantas utilidades. Na maioria das vezes, ela é transparente ou verde e possui uma tampa rosqueada. Neste artigo do Engenharia 360, exploraremos seu processo de fabricação, bem como utilidades, história, impactos no meio ambiente, e mais. Confira!

A história das garrafas PET

Whinfield e Dickson.
Whinfield e Dickson | Imagem reproduzida de Materiais Jr

Em 1941, dois químicos britânicos, Whinfield e Dickson, desenvolveram um polímero termoplástico formado pela reação entre o ácido tereflático e o etileno glicol.

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Esse polímero possuía propriedades termoplásticas, isto é, poderia ser processado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Por exemplo, quando o material plástico era aquecido à temperatura adequada, amolecia, seus fragmentos se fundiam e podiam ser novamente moldados.

Agora, a produção do plástico PET, de fato, só começou a ocorrer na década de 1970, depois de minuciosas revisões dos aspectos de segurança e meio ambiente.

No Brasil, o PET chegou apenas em 1988, para aplicações na indústria têxtil. A partir de 1993 começou a ser utilizado no envase de bebidas por conta dos baixos custos de produção, tomando o lugar das garrafas de vidro.

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O processo de fabricação das garrafas PET

Formação da pré-forma

Antes de tudo, vale dizer que a resina de PET é derretida para criar uma forma similar a de um tubo de ensaio que foi projetado com a capacidade de assumir qualquer formato ou espessura. A boca do gargalo já está presente em sua forma final e recebe uma tampa no final do processo de produção. Então, chamamos a PET nesse primeiro formato de preforma.

Tamanhos de preforma.
Tamanhos de preforma | Imagem reproduzida de indiamart

Sopragem e Resfriamento

Em seguida a preforma é aquecida em um forno a uma temperatura de cerca de 100°C. O aquecimento amolece a preforma para que fique elástica, permitindo que seja esticada e soprada para adquirir o molde. Todo esse processo é feito numa máquina chamada sopradora, que existe em uma série de modelos, a fim de se adequar a necessidades especiais, como processo e taxa de produção.

Logo que a garrafa é soprada, ela deve ser resfriada imediatamente para manter a sua forma. A imagem abaixo resume bem a explicação:

Processo de sopragem da preforma.
Processo de sopragem da preforma (Foto: Reprodução)

Envase

A garrafa recém criada é enchida com alguma bebida, dependendo do ramo de aplicação a qual pertence. Feito o envase, ela é imediatamente tampada. O sopro, enchimento e fechamento muitas vezes são combinados em um único sistema integrado.

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Rotulagem, embalagem e paletização

Passados esses processos, a garrafa é rotulada com a marca da empresa, empacotada e paletizada a fim de ser armazenada para posterior distribuição no mercado.

Envase de diferentes bebidas em garrafas PET.
Envase de diferentes bebidas em garrafas PET I Imagem reprodução

As principais vantagens e desvantagens das garrafas PET

Vantagens

  • Para transporte, ela é mais leve e ocupa menos espaço do que as garrafas de vidro, guardadas em caixas maiores;
  • Tem menos probabilidade de quebra;
  • Os consumidores podem desfrutar da bebida em qualquer hora e em qualquer lugar, devido a mobilidade proporcionada pelas garrafas PET;
  • Relativamente mais fácil de reciclar;
  • Redução de preços em produtos.

Desvantagens

  • Demora cerca de 400 anos para se degradar, podendo permanecer na natureza por até 800 anos;
  • É o principal poluente nos grandes oceanos;
  • Animais morrem por ingerirem pequenos microplásticos das garrafas PET.
Arranjo de plantas feito com palete e garrafas PET.
Arranjo de plantas feito com palete e garrafas PET | Imagem reprodução

Por que reutilizar as garrafas PET

Longe de serem descartadas após o consumo da bebida, as garrafas PET podem ter uma segunda vida útil, contribuindo para a sustentabilidade e a criatividade. Na construção civil, por exemplo, elas podem ser utilizadas como agregados na produção de blocos e tijolos, substituindo parcialmente a areia e reduzindo o impacto ambiental da extração desse material.

Incentivar a reutilização das garrafas PET é fundamental para promover o consumo consciente e a responsabilidade individual. Ao darmos um novo uso a esses materiais, diminuímos a quantidade de lixo gerado e contribuímos para a preservação do meio ambiente.

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Fontes: Ecycle.

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Kaíque Moura

Engenheiro de Produção; formado pelo Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA); Pós-Graduando em Empreendedorismo e Inovação (IFPI); MBA em Management (iCEV); Técnico em Metrologia (IFRJ); Técnico em Serviços Jurídicos (IFPI) e Técnico em Mecânica (IFPI); profissional qualificado nas áreas de Gestão, Manutenção, Metrologia e Produção.

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