Engenharia 360

Como são feitas as garrafas PET?

Engenharia 360
por Kaíque Moura
| 10/07/2017 | Atualizado em 26/06/2022 3 min

Como são feitas as garrafas PET?

por Kaíque Moura | 10/07/2017 | Atualizado em 26/06/2022
Engenharia 360

Ela está nos bons momentos em família, você pode encontrá-la na geladeira, no supermercado, na casa dos amigos... Ela pode guardar tantas coisas. Ter tantas utilidades. Mas de quem estamos falando? Lá vai uma dica: na maioria das vezes ela é transparente ou verde e possui uma tampa rosqueada. Pronto, chega de mistério. Estamos falando da garrafa PET! Hoje estudaremos o processo de fabricação da mesma, suas utilidades, história, impactos, etc.

Um pouco de história

Whinfield e Dickson.
Whinfield e Dickson (Foto: Reprodução)

Em 1941, dois químicos britânicos, Whinfield e Dickson, desenvolveram um polímero termoplástico formado pela reação entre o ácido tereflático e o etileno glicol. Esse polímero possuía propriedades termoplásticas, isto é, poderia ser processado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. No aquecimento, por exemplo, quando aquecidos à temperatura adequada, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.
Mas a produção de fato só começou a ocorrer na década de 70, depois de minuciosas revisões dos aspectos de segurança e meio ambiente.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

No Brasil, o PET chegou apenas em 1988, para aplicações na indústria têxtil. A partir de 1993 começou a ser utilizado no envase de bebidas por conta dos baixos custos de produção, tomando o lugar das garrafas de vidro.

E como funciona o processo de fabricação?

A resina de PET é derretida para criar uma forma similar a de um tubo de ensaio que foi projetado com a capacidade de assumir qualquer formato ou espessura. A boca do gargalo já está presente em sua forma final e recebe uma tampa no final do processo de produção. Então chamamos a PET nesse primeiro formato de preforma.

Tamanhos de preforma.
Tamanhos de preforma (Foto: Reprodução)

Em seguida a preforma é aquecida em um forno a uma temperatura de cerca de 100°C. O aquecimento amolece a preforma para que fique elástica, permitindo que seja esticada e soprada para adquirir o molde. Todo esse processo é feito numa máquina chamada sopradora, que existe em uma série de modelos, a fim de se adequar a necessidades especiais, como processo e taxa de produção. Assim que a garrafa é soprada, ela deve ser resfriada imediatamente para manter a sua forma. A imagem abaixo resume bem o que foi explicado à pouco:

Processo de sopragem da preforma.
Processo de sopragem da preforma (Foto: Reprodução)

Depois, a garrafa recém criada é enchida com alguma bebida, dependendo do ramo de aplicação a qual pertence. Feito o envase, ela é imediatamente tampada. O sopro, enchimento e fechamento muitas vezes são combinados em um único sistema integrado.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

Passados esses processos, a garrafa é rotulada com a marca da empresa, empacotada e paletizada a fim de ser armazenada para posterior distribuição no mercado.

Envase de diferentes bebidas em garrafas PET.
Envase de diferentes bebidas em garrafas PET (Foto: Reprodução)

Vantagens da garrafa PET:

  • Para transporte, ela é mais leve e ocupa menos espaço do que as garrafas de vidro, guardadas em caixas maiores;
  • Tem menos probabilidade de quebra;
  • Os consumidores podem desfrutar da bebida em qualquer hora e em qualquer lugar, devido a mobilidade proporcionada pelas garrafas PET;
  • Relativamente mais fácil de reciclar;
  • Redução de preços em produtos.

Desvantagens da garrafa PET:

  • Demora cerca de 400 anos para se degradar, podendo permanecer na natureza por até 800 anos;
  • É o principal poluente nos grandes oceanos;
  • Animais morrem por ingerirem pequenos microplásticos das garrafas PET.
Arranjo de plantas feito com palete e garrafas PET.
Arranjo de plantas feito com palete e garrafas PET (Foto: Reprodução)

Inovação faz parte da humanidade e a garrafa PET nos mostra isso. Ela não só serve para envasar bebidas, mas também podemos reciclar e reutilizar em outra coisa, como um arranjo de jardim. Busque utilizar - e reutilizar! - esse produto. 🙂

Comentários

Engenharia 360

Kaíque Moura

Graduando em Engenharia de Produção no Centro Universitário Santo Agostinho (UNIFSA) e Técnico em Mecânica pelo Instituto Federal do Piauí (IFPI).

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO

Continue lendo