Chicago é uma cidade que traz uma experiência arquitetônica incrível para seus visitantes! As inúmeras edificações contrastam entre si entre o antigo e o contemporâneo através de prédios diferenciados que nos deixam maravilhados.
História
Chicago é a maior cidade do estado de Illinois nos Estados Unidos, e a terceira cidade mais populosa do país com 2 milhões e 716 mil pessoas. Ela fica à beira do grandioso lago Michigan, que além de Illinois, abrange os estados de Wisconsin, Indiana e Michigan. Toda a água potável de Chicago vem desse lago.
Chicago foi inaugurada em 1837. Hoje, metade de todo o frete ferroviário dos EUA ainda passa por Chicago, mesmo que a cidade tenha se tornado o centro de aviação mais movimentado do país, graças aos aeroportos O'Hare e Midway International.
Com o crescimento da cidade na década de 50, muitas das ruas tiveram de ser elevadas de 1 a 2 metros para a instalação do sistema de esgoto, e também foram erguidos os edifícios. Infelizmente, os prédios, ruas e calçadas eram todos de madeira, e a maioria deles foi incendiada no grande incêndio de Chicago em 1871. O fogo durou apenas 2 dias, mas destruiu a cidade e matou 300 pessoas.
Contudo, Chicago foi reconstruída rapidamente. A maioria dos destroços do incêndio foi despejada no lago Michigan, formando a fundação do que é hoje o Grant Park, Millennium Park e o Instituto de Arte.
Arquitetura
Chicago é a cidade berço dos arranha-céus. O primeiro arranha-céu do país foi construído lá, no ano de 1884, com 10 andares e estrutura de aço. A Willis Tower, hoje o maior prédio da cidade, já foi o mais alto do mundo: com 442 metros, foi completada em 1974 e segurou o posto até 1998.
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Existem diversos serviços turísticos a fim de mostrar aos visitantes a arquitetura da cidade, inclusive alguns gratuitos feitos pela prefeitura, o qual eu fiz no início do ano (antes da pandemia). A nossa guia turística era uma senhora nascida e criada em Chicago, que diz fazer o que faz voluntariamente por amor a sua cidade. Ela leva os turistas para uma caminhada pelo centro, onde se encontram as principais edificações, e explica a história e arquitetura de cada um.
Alguns prédios são tão especiais e ricos em história, que é proibido executar qualquer alteração externa. Aqui vemos uma loja Target - uma rede famosa de lojas de departamento - impossibilitada de colocar placas e propagandas no exterior. Tiveram de ser colocados internamente banners enormes com o símbolo da loja, que felizmente é reconhecido de longe por qualquer americano.
A guia também te leva no interior de alguns edifícios. Muitos deles contêm antigos e magníficos mosaicos.
Em meio a prédios mais tradicionais, encontram-se algumas esculturas contemporâneas e prédios com uma arquitetura mais arrojada. Essa escultura vermelha foi posta ali para trazer um pouco de cor e alegria em meio aos prédios escuros.
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A guia também te leva ao Millennium Park, onde se encontra o famoso monumento e cartão postal de Chicago chamado de Cloud Gate, mas apelidado carinhosamente de Feijão.
Essa linda escultura de aço inoxidável traz novas visões e perspectivas da cidade, além de render fotos muito divertidas.
Em Chicago, o difícil é andar sem olhar para cima o tempo todo. Meu passeio favorito foi sem dúvidas o “Riverwalk”, um parque ao longo do Rio Chicago, que permite uma caminhada na beira do rio para admirar a bela paisagem composta por elementos naturais e os lindos arranha-céus. Há também passeios de barco com guias turísticos que compartilham as histórias e curiosidades do local.
Esses prédios na beira do rio são bem diferentões, e são comparados com espigas de milho (risos).
Uma curiosidade do rio Chicago: você sabia que ele flui ao contrário? Isso mesmo! Algumas centenas de anos atrás, o lago Michigan começou a ficar poluído pelo esgoto que vinha com o rio (que até então escoava para o lago), e estava espalhando doenças para a população. Então, em 1900, a solução foi inverter o fluxo de água do rio, fazendo-o fluir em direção ao Mississippi através de uma obra incrível de engenharia. Confere aí embaixo as modificações!
Urbanismo
Chicago é dividida em 9 distritos com 77 comunidades. Essas comunidades – muitas delas predominadas por diferentes nacionalidades – contém uma ou mais das chamadas “neighborhoods” que são os bairros.
Além da enorme quantidade de bairros, a cidade contém muitos espaços de lazer. São 600 parques, 500 playgrounds, 307 campos esportivos, 534 quadras de tênis e 29 praias. O lago Michigan também oferece toda a sua beira como espaço público, sendo 31 km com ciclovia.
Chicago é uma cidade de climas extremos. No inverno, as praias do lago são com gelo ao invés de areia!
O principal parque é o Grant Park, localizado junto ao lago, enorme e bonito.
Curiosidade: foi ali que o ex-presidente dos EUA, Barack Obama, comemorou sua vitória nas eleições de 2008.
No transporte, a cidade conta com uma malha cicloviária de 487 km. Contém um ótimo serviço de ônibus e de trem, o qual é elevado em algumas partes e em outras subterrâneo. O trem, apelidado de “L”, é muito importante para a cidade, tanto que o centro de Chicago é apelidado de “loop” pelo fato dos trilhos elevados fazerem uma volta em torno da região.
Vistas imperdíveis
Para fechar com chave de ouro esta matéria, trago 2 vistas imperdíveis dessa cidade incrível! A primeira fica na Willis Tower e a atração se chama Skydeck. Custa $26 para apreciar a vista da cidade e tirar umas boas fotos nessa caixinha de vidro.
A segunda, mas não menos impressionante, fica no edifício John Hancock Center, atualmente chamado de 360 Chicago. Ele abrange um observatório e também uma atração de dar frio na barriga chamada TILT, confira aqui.
Se você não quiser desembolsar $22 para entrar no segundo espaço, tem a opção de ir ao Bar 94 que fica no mesmo edifício com as mesmas vistas. Eles só exigem que você consuma um drink! Nada mal apreciar um com esse visual né?
E aí engenheiros e arquitetos, o que acharam de Chicago? Comenta aqui no blog ou lá no instagram do Engenharia 360! Até a próxima!
Comentários
Júlia Sott
Engenheira Civil, formada pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS; estudou também na Stanford University; passou um período trabalhando, estudando e explorando o Vale do Silício, nos Estados Unidos; hoje atua como analista de orçamentos ajudando a implantar novas tecnologias para inovar na construção civil.