O tema ‘reconhecimento facial’ é muito recorrente no setor de segurança pública, sendo a tecnologia utilizada para a identificação de indivíduos. Mas justamente essa atividade tem levantado dúvidas na sociedade. Afinal, será que nossa privacidade está ameaçada?

Recentemente, um jornalista holandês chamado Alexander Klöpping realizou um experimento em Amsterdã para despertar nas pessoas o interesse pelo debate ético e social. Ele expôs simplesmente no meio da rua as capacidades assustadoras da tecnologia de reconhecimento facial. Confira como foi no artigo a seguir, do Engenharia 360!

O que é reconhecimento facial

Antes de tudo, precisamos esclarecer o que é reconhecimento facial. Bem, trata-se de uma tecnologia que se vale de algoritmos muito avançados - e hoje em dia ainda a IA - para verificar a identidade das pessoas - isso tomando como base suas características faciais. Durante o processo, é feito o mapeamento dos rostos capturados pelas câmeras, comparando-os com bancos de dados previamente armazenados.

São etapas do processo de reconhecimento facial:

1. Detecção: O sistema localiza um rosto em uma imagem ou vídeo.
2. Análise: Características faciais como a distância entre os olhos, contornos do rosto e outros traços são analisadas.
3. Reconhecimento: As características extraídas são comparadas com um banco de dados para confirmar ou identificar a pessoa.

Uma coisa dessas poderia parecer muito estranha no passado, mas agora é absolutamente comum. A tecnologia de reconhecimento facial é utilizada em diversas aplicações, inclusive na área da saúde e entretenimento. Mas será que o seu aprimoramento não está se encaminhando para um uso indevido, como desbloqueio de dispositivos móveis e sistemas de autenticação? O que você acha?

O experimento revelador em Amsterdã

Alexander Klöpping apareceu ao vivo no programa de TV chamado “Eva” para apresentar um software de reconhecimento facial. Ele caminhou pelas ruas de Amsterdã usando óculos inteligentes e interagindo com cidadãos comuns. O mais impressionante é que, em questão de segundos, o sistema (similar ao PimEyes) foi capaz de revelar os nomes dessas pessoas, seus empregos e outras informações importantes. É claro que os entrevistados foram pegos de surpresa, ficando desconfiados ou assustados.

Afinal, quem não ficaria preocupado em ter suas informações pessoais reveladas tão facilmente na televisão, não é mesmo?

Durante a demonstração, Klöpping fez perguntas cotidianas para não levantar suspeitas, ao mesmo tempo em que o software trabalhava em segundo plano. Numa tela separada daquelas em que o jornalista era visto pelo público, foi possível acompanhar as simulações feitas pela tecnologia após o escaneamento até a obtenção do reconhecimento facial. Veja como tudo aconteceu nos vídeos apresentados a seguir:

Ik ging naar de Zuidas om mensen de stuipen op het lijf te jagen. Voor een item over AI bij Eva wilden we laten zien hoe eenvoudig en vooral éng gezichtsherkenningstechnologie is. Helemaal in combinatie met smart glasses. Een paar seconden video tijdens een gesprekje over het OV… pic.twitter.com/gZlpbNDau1

— Alexander Klöpping (@AlexanderNL) November 20, 2024

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A conclusão de todos sobre o que foi abordado na reportagem de Alexander Klöpping é de que o reconhecimento facial deixou de ser ficção há muito tempo. Ele é, sim, uma realidade - embora não comercializado em larga escala - e parece ganhar mais poder invasivo se combinado com óculos inteligentes e Inteligência Artificial.

Então, diz aí: será que, diante de tudo isso demonstrado, não podemos pensar que já passou a hora de regulamentar o uso desse tipo de tecnologia, limites de privacidade e coleta de dados biométricos?

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O caso de Amsterdã revela para a engenharia

Profissionais da engenharia devem considerar as implicações do reconhecimento facial em suas criações, ou melhor, criar sistemas robustos que garantam que a tecnologia não seja usada contra o bem comum. E principalmente, contribuir para criar sistemas robustos, que protejam as informações coletadas contra acessos não autorizados e vazamentos. Isso inclui a anonimização de dados e a implementação de restrições de acesso.

Outro desafio - ou oportunidade - para a engenharia é a integração de sensores e câmeras em dispositivos como óculos inteligentes. É preciso melhorar continuamente a eficiência e segurança desses equipamentos, sem dúvidas.

Mas mesmo que as coisas ocorram bem, que o caminho seguido seja de equilíbrio entre inovação e responsabilidade, será que algum dia nos sentiremos confortáveis com o reconhecimento facial em nosso cotidiano? Cabe a nós questionarmos e moldarmos os rumos dessa tecnologia, garantindo que o avanço não comprometa os valores fundamentais que nos definem como seres humanos!

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Fontes: The Brew News.

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Eduardo Mikail

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