Vivemos um momento de grave crise ambiental. Por conta disso, os cientistas vêm buscando soluções inovadoras. Dentre elas, alternativas para o plástico derivado do petróleo (ou plástico petroquímico). E uma descoberta recente que merece destaque aqui, no Engenharia 360, é do potencial de uma bromélia amazônica de revolucionar a indústria - de quebra, impulsionando o desenvolvimento sustentável da região. Leia mais no artigo a seguir!
Conhecendo a bromélia amazônica revolucionária
A Amazônia, um tesouro de biodiversidade, está se revelando como um ponto crucial para a inovação sustentável na indústria.
O Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) em Manaus conta hoje com a contribuição de pesquisadores e agricultores para colocar em prática um projeto de recuperação de biodiversidade, com fornecimento de mudas para o plantio. Um dos cultivos é do curauá (Ananas erectifoliu), semelhante ao abacaxi, uma espécie de bromélia amazônica, nativa de áreas não florestais, cujas fibras podem oferecer muitas vantagens para o trabalho sustentável de famílias, ajudando a criar oportunidades econômicas para comunidades locais.
Vale destacar que as fibras do curauá podem até mesmo substituir materiais convencionais, como polietileno e fibra de vidro. Agora os cientistas sabem que a planta também pode revolucionar a produção de plásticos sendo uma alternativa viável ao plástico derivado do petróleo.
Manejo sustentável em sintonia com a natureza
Por conta de suas características, a bromélia amazônica curauá pode ser consorciada com outras culturas, sem necessidade de desmatamentos ou queimadas. Outra vantagem é que seu cultivo é, além de flexível, muito eficiente, podendo ocorrer ao longo de todo o ano (com várias colheitas neste período). Dá para diversificar as atividades nas propriedades agrícolas sem problema algum.
A saber, essa bromélia é resistente, pode prosperar em solos ácidos e pouco férteis, é ideal para manejo sustentável e o cultivo em sistemas agroflorestais, contribuindo para a preservação dos ecossistemas.
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O projeto-piloto do CBA prevê que os agricultores recebam treinamento de plantio, manejo e beneficiamento de fibras e mudas de curauá branco - que é a espécie dessa bromélia amazônica de maior produtividade. Depois, o centro deve conectar os produtores a empresas interessadas na compra da matéria-prima, que será levada para a indústria do plástico. E essa geração de renda extra é que impulsionará o desenvolvimento socioeconômico da região.
É a força transformadora da Amazônia rumo a um futuro verde cheio de conservação ambiental!
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Aplicações e vantagens do curauá
Os pesquisadores do CBA revelam que as fibras do curauá possuem alta resistência mecânica (superior inclusive à do vidro) e elasticidade. Por conta disso, é um material que pode ser destinado a uma variedade de aplicações industriais, como:
- Coletes balísticos
- Vigas para construção civil
- Peças para indústria automotiva
- Embalagens biodegradáveis
- Tecidos
As perspectivas futuras são ótimas! Já se cogita utilizar a bromélia amazônica na produção de biocombustíveis e até mesmo em artigos de biomedicina.
Com o apoio de pesquisadores, produtores e indústrias comprometidas, este recurso natural logo transformará a engenharia com muita inovação - dentro de cadeias produtivas responsáveis e localmente integradas. Enfim, veremos o curauá como um commodity valorizado no mercado global de materiais sustentáveis.
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Fontes: Porto Alegre 24 Horas, Agência Brasil.
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Eduardo Mikail
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