Quando o assunto é estudar engenharia fora do Brasil, quais os primeiros destinos que vem à sua mente? Provavelmente, a Arábia Saudita não é um deles, mas o país oferece uma estrutura e tanto para os interessados.
Estamos falando de um país conservador, com uma cultura exótica, mas também famoso pela sua produção de petróleo e com uma universidade internacional que oferece uma série de vantagens para os seus alunos: a Kaust (Universidade Rei Abdullah de Ciência e Tecnologia). Por incrível que pareça, pouca gente sabe da sua existência! Em se tratando de uma estrutura de primeiro mundo no meio do deserto, não é algo difícil de se imaginar, certo? Focada em cursos de tecnologia, a instituição tem o objetivo de gerar conhecimentos para tentar resolver os problemas internos do país e também do mundo, como a dependência de petróleo e a falta de água.
+ Um brasileiro no Oriente Médio
Um dos primeiros alunos da universidade foi o brasileiro Rafael Lavrado. Ele era um estudante de engenharia Eletrônica da UFRJ e foi fazer para lá um mestrado em Engenharia Elétrica. Ele fez parte da primeira turma e, para atrair os estudantes, a universidade não mediu esforços: recrutou candidatos por todo o mundo, ofereceu uma bolsa pré-curso de 1.200 dólares (por mês!) que, durante o curso, aumentou para 1.700 dólares, fora uma série de subsídios como um apartamento de três andares, cursos, viagens e empregos de verão.
A experiência inspirou Rafael a escrever um livro. Com o título de "Arábia: a incrível história de um brasileiro no Oriente Médio", o material vai além de explicar os costumes, a economia e a religião do local, mas compartilha - com muita sinceridade - toda a sua vivência e descobertas, incluindo, claro, muitas curiosidades. Você sabia, por exemplo, que homens e mulheres não podem estudar juntos lá? A única instituição que foge a essa regra é, justamente, a Kaust.
+ Sobre a universidade
A Kaust (Universidade Rei Abdullah de Ciência e Tecnologia) foi fundada em 2009 pelo rei Abdullah Bin Abdulaziz Al Saud e fica em Jeddah, próximo ao Mar Vermelho.
Estima-se que o investimento para a sua construção tenha sido de 20 bilhões de dólares. Sua estrutura foi pensada para não querer sair de lá: na cidade universitária existem academias, praias particulares e mais de 60 nacionalidades.
Além disso, a universidade tem a meta de, até 2020, estar no ranking das 10 maiores universidades de tecnologia do mundo). Entre os professores estão nomes vindos de instituições famosas como MIT e Cornell e, entre os parceiros, estão a Universidade da Califórnia em Berkeley e a Universidade de Cambridge, no Reino Unido, para onde o estudante pode fazer intercâmbio.
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+ Como se candidatar
A universidade faz processos seletivos em todo o mundo e, para os cursos de mestrado, as inscrições são feitas em setembro. As bolsas variam de 20 a 30 mil dólares por ano, incluindo acomodação e passagens de ída e volta. O valor depende de uma série de fatores, como o currículo do candidato. Saiba mais no site oficial e no e-book que conta a vivência do brasileiro Rafael por lá.
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Eduardo Mikail
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