Engenharia 360

Conheça o modelo de avião utilizado por Amelia Earhart em sua trágica jornada pelo Oceano Atlântico

Engenharia 360
por Redação 360
| 05/02/2024 4 min
Imagem de Amelia Earhart reproduzida de AEROFLAP

Conheça o modelo de avião utilizado por Amelia Earhart em sua trágica jornada pelo Oceano Atlântico

por Redação 360 | 05/02/2024
Imagem de Amelia Earhart reproduzida de AEROFLAP
Engenharia 360

Recentemente, o nome de Amelia Earhart voltou a ganhar destaque na imprensa por conta de uma descoberta de pesquisadores. Se você não conhece o caso, acreditamos que é melhor começar este texto explicando quem foi Amelia, para poder entender todo o mistério envolvendo a sua história. Esta senhora foi uma pioneira na aviação dos Estados Unidos e do mundo. Ela, que nasceu em 1897, foi a primeira mulher a pilotar sozinha pelo oceano Atlântico.

O motivo dela ter embarcado nessa jornada era chamar atenção, como protesto em favor dos direitos das mulheres. E isso não surpreende, afinal, Amelia Earhart sempre foi uma pessoa de atitude, anti-convencional, não aceitando os ditames da educação tradicional. Leitora ávida e aventureira, logo imaginou como poderia dar a volta ao mundo.

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Amelia Earhart
Imagem de Amelia Earhart reproduzida de AEROFLAP

Em 2 de julho de 1937, partiu para seu destino. Depois de voar 35.420 km, seu avião caiu no mar. Na ocasião, 66 aviões e 9 navios foram enviados na busca. Nem o corpo da mulher de 40 anos, nem vestígios da aeronave jamais foram encontrados. E assim o mistério permanece até os dias de hoje. Mas será? Acompanhe o texto a seguir, do Engenharia 360, para saber o que mudou nesta história!

Amelia Earhart
Imagem Purdue University Libraries, Archives and Special Collections, reproduzida de O Globo
Amelia Earhart
Imagem de Deep Sea Vision reproduzida de AEROFLAP

O avião Amelia Earhart utilizou em sua jornada histórica

Antes de falar mais sobre o acidente com Amelia Earhart, vamos apresentar o avião que ela utilizou nessa jornada. Trata-se do monoplano bimotor Lockheed Electra série 1055 da linha 10Es, da Electra. O mesmo era feito em metal, com asa baixa e trem de pouso retrátil. Só 5 variações do mesmo foram produzidos no mundo, no total 149 aviões fabricados entre 1935 e 1941.

Amelia Earhart
Imagem reproduzida de Stratus Project

Essa engenharia era conhecida como "Laboratório Voador", porque serviria como teste para futuros equipamentos. E como se não bastasse, para a viagem programada, Amelia fez diversas modificações na aeronave, com patrocínio da Universidade Purdue, onde ela era consultora. A exploradora se baseou em seu conhecimento como autoditada e no aprendizado de aviação que obteve em Kinner Field.

Amelia Earhart
Imagem The Autry National Center Museum, Automobile Club of Southern California Archives, reproduzida de O Globo

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Adaptações no Electra

O Electra tinha 11,7 metros de comprimento, envergadura de 16,7 metros e altura total de 3 metros. Inicialmente, ele servia para o transporte comercial de até 10 passageiros. A modificação, que removeu a maioria dos assentos na cabine e substituindo por tanques de combustível, visava adaptar o design para voos de longa distância. São outras adaptações feitas por Amelia no avião:

  • quatro tanques auxiliares de combustível,
  • um posto de navegação na parte traseira,
  • limpeza das janelas dos passageiros,
  • instalação de piloto automático Sperry e diversos equipamentos de rádio e navegação e baterias adicionais.
Amelia Earhart
Imagem San Diego Air &, Space Museum, reproduzida de O Globo

A investigação de ex-piloto baseada em novas descobertas

Por que desvendar o mistério sobre onde foi parar o avião de Amelia Earhart? Em respeito à família da mulher falecida, à história da engenharia e ao próprio design inovador do Electra. O caso envolve discussões e explorações há décadas. Porém, recentemente, surgiram novos indícios que podem mudar o destino das investigações e acabar com as teorias.

Tony Romeo, ex-piloto da Força Aérea dos Estados Unidos, afirma ter encontrado possíveis destroços do avião de Amelia Earhart. Sua empresa, a Deep Sea Vision, divulgou imagens de sonar que mostram um objeto em forma de avião no fundo do mar, próximo à Ilha Howland, atol desabitado cerca de 3.100 km a sudoeste de Honolulu, metade do caminho entre Havai e a Austrália. O que se pode ver nas figuras é um objeto em forma semelhante a de um avião, tanto em tamanho quanto em cauda. Mas ainda não foi oficialmente confirmado se é o Electra de Earhart.

Amelia Earhart
Imagem reproduzida de AERO Magazine - UOL

Nesta expedição, a equipe de Romeo usou um drone subaquático de última geração para as buscas. Antes disso, em 2018, uma pesquisa levantou a hipótese de que ossos descobertos em 1940 na ilha de Nikumaroro poderiam ser de Amelia Earhart. O interessante é que os ossos tinham características femininas, mas foram descartados. Então, porque nada foi comprovado, o mistério continua.

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Fontes: SuperInteressante, AEROFLAP, O Globo.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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