Recentemente, o nome de Amelia Earhart voltou a ganhar destaque na imprensa por conta de uma descoberta de pesquisadores. Se você não conhece o caso, acreditamos que é melhor começar este texto explicando quem foi Amelia, para poder entender todo o mistério envolvendo a sua história. Esta senhora foi uma pioneira na aviação dos Estados Unidos e do mundo. Ela, que nasceu em 1897, foi a primeira mulher a pilotar sozinha pelo oceano Atlântico.
O motivo dela ter embarcado nessa jornada era chamar atenção, como protesto em favor dos direitos das mulheres. E isso não surpreende, afinal, Amelia Earhart sempre foi uma pessoa de atitude, anti-convencional, não aceitando os ditames da educação tradicional. Leitora ávida e aventureira, logo imaginou como poderia dar a volta ao mundo.
Em 2 de julho de 1937, partiu para seu destino. Depois de voar 35.420 km, seu avião caiu no mar. Na ocasião, 66 aviões e 9 navios foram enviados na busca. Nem o corpo da mulher de 40 anos, nem vestígios da aeronave jamais foram encontrados. E assim o mistério permanece até os dias de hoje. Mas será? Acompanhe o texto a seguir, do Engenharia 360, para saber o que mudou nesta história!
O avião Amelia Earhart utilizou em sua jornada histórica
Antes de falar mais sobre o acidente com Amelia Earhart, vamos apresentar o avião que ela utilizou nessa jornada. Trata-se do monoplano bimotor Lockheed Electra série 1055 da linha 10Es, da Electra. O mesmo era feito em metal, com asa baixa e trem de pouso retrátil. Só 5 variações do mesmo foram produzidos no mundo, no total 149 aviões fabricados entre 1935 e 1941.
Essa engenharia era conhecida como "Laboratório Voador", porque serviria como teste para futuros equipamentos. E como se não bastasse, para a viagem programada, Amelia fez diversas modificações na aeronave, com patrocínio da Universidade Purdue, onde ela era consultora. A exploradora se baseou em seu conhecimento como autoditada e no aprendizado de aviação que obteve em Kinner Field.
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Adaptações no Electra
O Electra tinha 11,7 metros de comprimento, envergadura de 16,7 metros e altura total de 3 metros. Inicialmente, ele servia para o transporte comercial de até 10 passageiros. A modificação, que removeu a maioria dos assentos na cabine e substituindo por tanques de combustível, visava adaptar o design para voos de longa distância. São outras adaptações feitas por Amelia no avião:
- quatro tanques auxiliares de combustível,
- um posto de navegação na parte traseira,
- limpeza das janelas dos passageiros,
- instalação de piloto automático Sperry e diversos equipamentos de rádio e navegação e baterias adicionais.
A investigação de ex-piloto baseada em novas descobertas
Por que desvendar o mistério sobre onde foi parar o avião de Amelia Earhart? Em respeito à família da mulher falecida, à história da engenharia e ao próprio design inovador do Electra. O caso envolve discussões e explorações há décadas. Porém, recentemente, surgiram novos indícios que podem mudar o destino das investigações e acabar com as teorias.
Tony Romeo, ex-piloto da Força Aérea dos Estados Unidos, afirma ter encontrado possíveis destroços do avião de Amelia Earhart. Sua empresa, a Deep Sea Vision, divulgou imagens de sonar que mostram um objeto em forma de avião no fundo do mar, próximo à Ilha Howland, atol desabitado cerca de 3.100 km a sudoeste de Honolulu, metade do caminho entre Havai e a Austrália. O que se pode ver nas figuras é um objeto em forma semelhante a de um avião, tanto em tamanho quanto em cauda. Mas ainda não foi oficialmente confirmado se é o Electra de Earhart.
Nesta expedição, a equipe de Romeo usou um drone subaquático de última geração para as buscas. Antes disso, em 2018, uma pesquisa levantou a hipótese de que ossos descobertos em 1940 na ilha de Nikumaroro poderiam ser de Amelia Earhart. O interessante é que os ossos tinham características femininas, mas foram descartados. Então, porque nada foi comprovado, o mistério continua.
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Fontes: SuperInteressante, AEROFLAP, O Globo.
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Eduardo Mikail
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