Recentemente, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais foi o alargamento da Praia Central de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Na verdade, esse trabalho de Engenharia já vem acontecendo há algum tempo - mais precisamente desde o dia 16 de março deste ano. Contudo, só recentemente, com uma maior movimentação do litoral, tubos e muita areia dragada, é que a população se deu conta do que estava por vir e começou a questionar o projeto. Nesta nova etapa dos trabalhos, são cem metros de avanço de comprimento diariamente. Todo o processo será finalizado em outubro ou novembro. Mas por que e qual o objetivo? Veja a seguir, vamos comparar esse caso com outro bem conhecido, da Praia de Fortaleza, no Ceará! Confira!
Por que alargar a orla da Praia de Camboriú?
A obra realizada na Praia de Camboriú tem por objetivo passar a faixa de areia de atuais 25 metros, em média, para 70 metros. Alguns, por um instante, se perguntaram se a razão disso não seria acabar com o sombreamento da praia, causado pelos surpreendentes arranha-céus construídos à beira-mar. Contudo, representantes locais afirmaram que a intenção era mesmo criar uma proteção melhor da orla contra avanço das marés; além disso, criar mais espaço para práticas de esporte e lazer para moradores locais e visitantes.
Qual o impacto sobre o meio ambiente?
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, os trabalhos realizados na Praia de Camboriú, em tese, ajudariam na reestruturação costeira e recuperação da vegetação de restinga. Também foi dito que possíveis impactos da obra na cidade são temporários, como plumas de sedimentos, que ocorrem quando se mexe no fundo do oceano; e que mesmo muito desses impactos podem ser mitigados.
Quais foram os resultados de uma ampliação assim em Fortaleza?
O caso da Praia de Iracema, em Fortaleza, também gerou grande polêmica nas redes, uma discussão que envolveu a prefeitura e entidades ambientalistas. Foram 120 metros de aterro em direção ao mar em uma obra de Engenharia executada em duas etapas, uma em 2019 e outra em 2020. A saber, antes do último aumento da faixa de areia, a Praia de Iracema já passou por outros aterros; somando tudo, hoje, são 2 km de faixa a mais.
O processo de requalificação da área em Fortaleza, que engloba a adaptação do calçadão, realmente ficará pronto no fim deste ano. A intenção é fazer uma revolução urbana, recuperando a praia que estava sumindo por conta da erosão costeira. O poder municipal garante que os impactos seriam minimizados, mas as organizações e pesquisadores apontavam o contrário, uma séria interferência na fauna e flora da região.
Possíveis impactos
"A melhor maneira de recompor o ambiente perdido, de forma natural é o aterro. Do ponto de vista de recomposição ambiental são as melhores obras que existem porque eu estou trazendo areia do próprio mar. Esses bichos retornam, retomam o seu lugar naturalmente. É assim que funciona o sistema ambiental."
- geólogo Fábio Perdigão, em reportagem de G1.
Mas será mesmo que essa é a melhor forma de garantir a continuidade da biodiversidade local? Bem, na verdade, há um possível impacto negativo, a declividade entre o mar e o próprio aterro para os banhistas. Apesar disso, as autoridades dizem estar realizando constante monitoramento da área e que, até agora, não foi verificado nenhum prejuízo.
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E você? Qual a sua opinião sobre a ampliação da orla da Praia de Camboriú e da Praia de Iracema? Escreva nos comentários!
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Simone Tagliani
Graduada nos cursos de Arquitetura & Urbanismo e Letras Português; técnica em Publicidade; pós-graduada em Artes Visuais, Jornalismo Digital, Marketing Digital, Gestão de Projetos, Transformação Digital e Negócios; e proprietária da empresa Visual Ideias.