Em busca de responsabilidade com a questão das mudanças climáticas, a Amazon lançou um fundo de 2 bilhões de dólares para investir em empresas que desenvolvem tecnologias visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A empresa disse que o fundo se concentrará em startups que poderiam ajudá-la a atingir emissões " zero" até 2040.
Crise climática ou crise com a Amazon?
Não é de hoje que a questão das mudanças climáticas vem atacando a Amazon. No início do ano, o CEO da gigante do varejo de Seattle, Jeff Bezos, liberou o Bezos Earth Fund, voltado para o desenvolvimento de tecnologias de descarbonização. A questão é que o montante de dinheiro, de nada menos do que 10 bilhões de dólares (uma parcela ínfima da fortuna do empresário), foi pessoal, não tendo nada a ver com a Amazon.
Sob crescente pressão do público e de seus próprios funcionários para reduzir sua pegada ambiental frente à crise climática, a Amazon resolveu – finalmente – se pronunciar e liberar recursos. Fique claro que a decisão não foi espontânea ou imediata: após as paralisações no ano passado, a Amazon se comprometeu a atingir as tais zero emissões até 2040, o que significa que precisaria compensar quaisquer emissões remanescentes de suas operações por meio de investimentos em projetos de remoção de carbono, como restauração florestal ou máquinas de captura de carbono. Vale comentar que, depois que a Microsoft estabeleceu a linha da descarbonização para as bigtechs, elaborar esses planos pode ter ficado mais fácil.
De forma geral, a gente considera que mais dinheiro para tecnologia limpa é sempre uma boa notícia. Mas a Amazon ainda tem muito trabalho a fazer para reduzir suas próprias emissões, que subiram 15% no ano passado para mais de 50 milhões de toneladas.
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Fonte: Business Wire. MIT Technology Review.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.