A gente não perde uma novidade em robótica. Desta vez, engenheiros
trabalhando em pesquisa no Instituto Indiano de Tecnologia Madras projetaram
uma pinça robótica que poderia ser usada em várias aplicações industriais e de
campo, como escalada e inspeção de tubos.
GrasMan: mais uma mão robótica
A maioria das mãos robóticas moldáveis que existem por aí
são de fácil compreensão, mas não fornecem uma forma de manipulação interna.
Essa manipulação é necessária para tarefas como abrir uma garrafa ou girar uma
maçaneta, montar um tubo ou realizar movimentos mais delicados, como deslizar
ou rolar objetos de diferentes tamanhos, formas e pesos.
Em sua busca por um braço robótico, os cientistas, liderados por Asokan Thondiyath, desenvolveram um protótipo de garra, que consiste em duas mandíbulas híbridas capazes de captar objetos com habilidade.
O dispositivo robótico foi nomeado “GraspMan”. Ele possui uma estrutura interna rígida com uma “pegada” ativa e flexível (não nos levem a mal). Isso permite que ele se adapte à geometria de um objeto e fornece uma capacidade de retenção e manipulação seguras, como uma mão humana.
Aplicações:
A garra é versátil, o que significa que ela pode agarrar,
rolar ou deslizar uma variedade de objetos de diferentes dimensões. É menos
complexo que as garras existentes, com seu design simples e facilidade de
estratégias de planejamento e controle.
Experimentos mostram que o robô GraspMan consegue alterar
seu comportamento de locomoção para se adaptar ao ambiente. Máquinas usadas em
operações de busca e salvamento e aplicações de locomotivas também se
beneficiarão com essa mão robótica. Os pesquisadores dizem que a combinação de
locomoção e manipulação oferece ao robô recursos interessantes, como segurar um
objeto e caminhar e até balançar os braços como babuínos (o que, do ponto de
vista da engenharia, só colaborou com o humor, mas as demais aplicações nos
convém).
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O artigo científico com detalhes sobre o GraspMan foi divulgado no Journal of Mechanics and Robotics.
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Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.