O carro elétrico pode ser uma das principais alternativas para o transporte nos próximos anos. Isso acontece porque ele possui algumas vantagens, como o fato de, teoricamente, não emitir gases de efeito estufa como um carro movido a combustível fóssil. Mesmo que ainda não seja comum ver carros elétricos circulando pelas ruas no cotidiano, ele tem uma longa história para contar.
A história do carro elétrico
Pode ficar surpreso: o carro elétrico foi inventado no século dezenove. Como ponto de referência, é possível partir de 1828, quando o engenheiro, físico e também sacerdote Anyos István Jedlik criou o primeiro modelo de um carro elétrico. Porém, o título do primeiro carro elétrico é do americano Thomas Davenport. Ele desenvolveu uma pequena locomotiva movida por dois imãs aproximadamente em 1834-1835. Ainda não era o carro elétrico exatamente, mas serviu para ajudar a desenvolver o bonde elétrico.
Entre 1832 e 1839, Robert Anderson, um escocês, pode ter projetado uma carruagem elétrica. É difícil falar sobre datas e itens projetados quando não havia muita documentação (e nem o YouTube para ver o vídeo ou um site de notícias para ficar por dentro do que acontecia em tempo real).
Porém, a contribuição para que um carro elétrico fosse possível também veio da França. Gaston Planté inventou a bateria recarregável de chumbo ácido em 1859 e Camille Faure inventou a bateria básica de chumbo ácido em 1881 – a qual também foi usada para alimentar submarinos e iluminar Paris (a cidade Luz).
Nos anos de 1880 e 1890, William Morrison, um norte-americano, se esforçou para criar modelos diferentes de carros elétricos. Thomas Edison também se envolveu na história dos carros elétricos em 1899, quando começou a trabalhar com materiais.
Em 1900, os carros elétricos representavam cerca de um terço do total dos carros dos Estados Unidos. Eles eram mais silenciosos e mais fáceis de operar, porém, o seu maior problema permanece depois de um século: a baixa capacidade de carga da bateria.
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Foi Ferdinand Porsche (esse mesmo que você está pensando) que apresentou o primeiro carro elétrico híbrido do mundo, o Lohner-Porshe-Mixte. Apesar de não ser viável na época, ele serviu de inspiração para a NASA e para outros projetos.
Desaparecido por longos anos
Os carros elétricos perderam mercado em 1920 devido ao fato de que o gás era mais vantajoso, Henry Ford dominou a produção em massa dos veículos e o arranque elétrico inventado por Charles F. Kettering dispensou a necessidade de uso da manivela. O desaparecimento oficial dos carros elétricos ocorreu 15 anos mais tarde.
Os carros elétricos só voltaram a ser cogitados em 1966, quando começou a preocupação com a poluição ambiental. Então, várias montadoras começaram a investir em projetos de carros elétricos na década de 70.
Pulamos alguns anos diretamente para 2006, quando a Tesla revela o Roadster, apresentado por Elon Musk como uma solução para o aquecimento global. Porém, surgem questionamentos sobre o fato de eles serem realmente tão limpos quanto a promessa ou se podem ser muito poluentes.
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Sobre o futuro dos carros elétricos, ele ainda é meio incerto. As pesquisas avançam, mas não tão rápido, principalmente por fatores limitantes como a carga da bateria. Ainda não se sabe se eles vão dominar o mercado ou se vão competir com outras alternativas viáveis. O jeito, então, é esperar para ver.
Referências: Interesting Engineering; Energy.gov.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.