As fachadas e calçadas de cidades italianas e holandesas estão sendo transformadas em superfícies inteligentes. Elas captam energia limpa e alimentam sensores que podem ser usados para esfriar, aquecer ou até mesmo monitorar estradas.
Tais sensores de captação de energia de fontes naturais já são bem comuns nos telhados dos edifícios europeus. Porém, é possível explorar outras superfícies da construção e de ambientes para coletar energia.
Com o tema sustentabilidade e preservação do meio ambiente cada vez mais em pauta, o uso de energia limpa tem sido muito discutido nos quatro cantos do mundo.
Na Holanda, por exemplo, um projeto, chamado Envision, estuda tecnologias para coletar energia das superfícies de edifícios. A equipe estima que na Europa exista ao menos 60 bilhões de metros quadrados em fachadas de prédios que podem ser usados para essa implementação.
Com isso, pesquisadores e empresas têm como desafio de garantir que apartamentos e salas tenham energia positiva. Ou seja, o edifício produz mais energia do que consome. A ideia então é integrar novas tecnologias para obter calor e eletricidade de maneira natural.
Novas tecnologias de captação de energia limpa
Entre as novas tecnologias estão as janelas fotovoltaicas, as quais obtêm eletricidade através de uma espécie de célula solar e pode ser eficiente até mais que uma versão simples dos painéis solares.
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Existe também uma tinta especial que consegue absorver entre 40% e 98% da luz solar, dependendo da cor. Os painéis pintados são integrados a bombas de calor especiais. Essa tecnologia foi testada em uma academia na Holanda, que conseguiu boa geração de calor e água quente.
Outra inovação é o painel de vidro colorido com as tecnologias de captação de calor. Além da funcionalidade, podem ser usados como decoração de fachadas de construções diversas.
Nova maneira de receber energia limpa
Com essas novas tecnologias, os pesquisadores entendem que as pessoas devem adotar um olhar diferente para superfícies do cotidiano. Afinal, elas podem contribuir para um novo ambiente urbano, além de serem simplesmente estruturas de passagem ou cobertura. Também podem oferecer funções para melhorar a qualidade de vida.
O professor Cesare Sangiorgi, engenheiro de materiais da Universidade de Bolonha, na Itália, lidera o projeto SaferUp. A ação incentiva cientistas no início de carreira a desenvolver tecnologias captadoras de energia limpa.
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No Reino Unido, pesquisadores da Universidade de Lancaster estão criando “caminhos inteligentes” introduzindo dispositivos eletromecânicos neles. Quando são esmagados pelo tráfego, transformam a energia mecânica em eletricidade.
Desse modo, um pequeno trecho de 1km é capaz gerar energia limpa para acender ao menos 2000 mil lâmpadas de rua ou sensores que monitoram o tráfego. Os testes iniciais estão previstos para 2021.
As pesquisas nesse sentido não param. Muito em breve na Europa , os pedestres poderão caminhar em calçadas inteligentes, com sensores em seu interior. Além disso, as fachadas de edifícios estarão colhendo energia da luz solar enquanto resfriam as cidades ao seu redor.
Fonte: Techxplore
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Clara Ribeiro
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.