A Engenharia tem impulsionado demais a Medicina, inclusive no campo da microcirurgia. Aliás, falando nisso, o Engenharia 360 quer compartilhar uma notícia com você. Recentemente, a gigante de eletrônicos, Sony, compartilhou na Internet uma demonstração do avanço surpreendente da tecnologia para cirurgia robótica. Um robô conseguiu realizar uma sutura em um grão de milho, provando sua capacidade de executar procedimentos altamente delicados e sensíveis. Continue lendo para saber mais!
Superando o desafio das microcirurgias
Atualmente, os médicos usam microscópios para a realização de microcirurgias, procedimentos vitais para operações altamente delicadas, como em vasos sanguíneos ou em transplantes de órgãos. Para isso, é exigida uma habilidade excepcional por parte dos profissionais, envolvendo costura de pequenas conexões.
Segundo a Sony, "tais operações exigem altos níveis de habilidade e só podem ser realizadas por um número limitado de médicos". Isso se deve à necessidade de uma coordenação motora fina e precisão milimétrica ao trabalhar com estruturas extremamente pequenas, muitas vezes menores que um milímetro de diâmetro. Mas com os novos robôs, amplia-se o potencial de acesso à saúde. É o começo de uma nova era para a Medicina!
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A tecnologia por trás do novo robô da Sony
Então, o novo robô da Sony, semelhante a outros braços robóticos, foi desenvolvido para melhorar esses procedimentos altamente sensíveis. O mesmo pode ser operado sobre um console de mesa. Nesse caso, o cirurgião controla o robô utilizando dois instrumentos semelhantes a canetas, que detectam a aplicação de diferentes níveis de pressão. Este sistema permite que o robô realize movimentos minúsculos, replicando os comandos do cirurgião de forma precisa.
Vale destacar que o robô cirurgião da Sony vem com sensores avançados, câmeras 3D em 4K (permitindo a visualização em um nível de detalhe superior às técnicas tradicionais) e, é claro, sistema de controle de última geração (elétrico e focado em baixa latência). Sua mecânica é leve. A interface é bastante intuitiva. E um dos recursos mais importantes é a troca automática de instrumentos, como agulhas, tesouras e pinças, o que torna qualquer procedimento realizado muito mais ágil.
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Testes bem-sucedidos em animais
A primeira demonstração pública do robô da Sony foi, então, com as espigas de milho. Durante esse teste, o dispositivo alternou entre diferentes instrumentos realizando a sutura nos grãos com cortes minúsculos. Claro que o objetivo é ampliar esse estudo. Em fevereiro de 2024, o equipamento foi adotado em microcirurgias feitas em animais na Universidade Médica de Aichi, no Japão, e os resultados foram considerados promissores pelos responsáveis.
O potencial do robô e impactos na Medicina
É claro que assim que for aprimorado, o robô da Sony será utilizado em procedimentos cirúrgicos em seres humanos. Daí teremos uma super transformação na prática médica. Bem possível que um número maior de médicos possam realizar microcirurgias, mesmo que tenham menos habilidade manual, beneficiando um público mais amplo.
Com a integração da tecnologia de robô cirurgião com óculos de realidade mista (MR), o potencial da visão do cirurgião será ampliada, aumentando ainda mais a segurança dos procedimentos - traduzindo, menos complicações e melhores desfechos. Ou seja, estas inovações estão convergindo para criar um ambiente cirúrgico onde a precisão e a eficiência são maximizadas.
O futuro da microcirurgia robótica
Com o avanço das tecnologias, podemos esperar robôs ainda mais sofisticados, capazes de realizar uma gama ainda maior de procedimentos médicos complexos. Mas não adianta a Engenharia caminhar nesse sentido, se o mercado não investir em treinamento e capacitação de profissionais médicos, garantindo que essa revolução tecnológica beneficie o maior número possível de pacientes.
Os cirurgiões precisarão se familiarizar com o uso de consoles e sistemas de controle robóticos, além de aprender a interpretar imagens em 3D e 4K durante as operações. Já nas rodas de debates, questões como a responsabilidade em caso de falhas técnicas e a privacidade dos pacientes precisarão ser abordadas de forma cuidadosa. E este é só o começo! Mas não podemos nos desviar do assunto principal: salvar o máximo de vidas!
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Fontes: CanalTech, Época Negócios.
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Eduardo Mikail
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