Ver um robô caminhando não parece algo tão novo, mas o feito do Rainbow Dash representa um grande avanço para a robótica. Com quatro patas, ele aprendeu a andar para trás e para frente e virar à direita e à esquerda em algumas horas.
O Rainbow Dash foi criado por pesquisadores da Google em parceria com a University of California - Berkeley e do Georgia Institute of Technology. Para realizar essa façanha, eles usaram uma técnica de aprendizado de reforço profundo.
![Rainbow Dash: robô do Google aprende a caminhar em poucas horas robô rainbow dash em movimento](https://engenharia360.com/wp-content/uploads/2020/03/rainbow-dash-google-robo-engenharia-360-3.png)
“O aprendizado por reforço profundo (deep reinforcement learning) combina abordagens de aprendizado por reforço com aprendizado profundo (deep learning), em que a escala do aprendizado de máquina tradicional é bastante expandida com enorme poder computacional.”, afirma o site TechXplore.
A grande novidade do Rainbow Dash
Um dos motivos pelos quais isso é uma novidade para a robótica é porque a maioria das implantações de aprendizado por reforço acontece por simulação de computador, enquanto o Rainbow Dash aprendeu a andar em um ambiente físico real. Isso aconteceu um ano após os pesquisadores conseguirem fazer com que os robôs aprendessem a andar em ambientes físicos.
O Rainbow Dash andou em diferentes superfícies: desde um colchão de espumas até um tapete rugoso. Ao andar, o robô o fez sem um mecanismo de ensino dedicado (como instruções humanas ou dados de treinamento rotulados). Essa forma de machine learning é diferente do supervisionado ou não supervisionado que usam dados de treinamento rotulados.
O vídeo abaixo mostra o robô andando e explica todo o processo e a pesquisa:
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Apesar de os pesquisadores acreditarem que o Rainbow Dash tenha andado sozinho, houve intervenção humana no processo, uma vez que os pesquisadores precisaram impor limites para impedir que o robô saísse da área definida. Além disso, eles também criaram algoritmos específicos para impedir que o robô caísse, como restringindo alguns movimentos.
O pré-print do artigo científico que descreve o feito foi publicado no ArXiv. Lá você pode conferir toda a pesquisa.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.