Engenharia 360

Cientistas quebram recorde de temperatura de supercondutor

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por Larissa Fereguetti
| 30/05/2019 2 min
Imagem: news.uchicago.edu

Cientistas quebram recorde de temperatura de supercondutor

por Larissa Fereguetti | 30/05/2019
Imagem: news.uchicago.edu
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A supercondutividade é um sonho do mundo tecnológico. Isso acontece porque ela é uma das atuais restrições para o desenvolvimento de várias tecnologias. Porém, estamos cada vez mais próximos de quebrar essa restrição. Um grupo de pesquisadores, por exemplo, conseguiu um novo recorde na temperatura de um supercondutor, o que já é um grande passo nesse longo caminho.

supercondutor
Imagem: phys.org

Quebrando recorde de temperatura de supercondutor

Os cientistas da Universidade de Chicago quebraram o recorde de temperatura de supercondutor. Eles fazem parte do grupo de pesquisa internacional responsável por descobrir a supercondutividade. Vale destacar que a supercondutividade é a capacidade de conduzir eletricidade em altas temperaturas. Para ser um supercondutor, é preciso ter principalmente algumas características, como zero resistência à corrente elétrica e não ser penetrado por campos magnéticos (o que acontece porque esses materiais ejetam um campo magnético).

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Para conseguir o feito, os pesquisadores estudaram uma classe de materiais nas quais eles observaram a supercondutividade em temperaturas de 250 K (-23,15°C). Isso representa um aumento de 50 graus em comparação ao que já tinha sido feito anteriormente (com 33K e 200K).

O material usado foi produzido a partir de lantânio e foi desenvolvido pela Universidade de Chicago (Estados Unidos) em parceria com o Instituto Marx Planck (Alemanha). Ele mostrou baixa resistência, diminuiu sua temperatura crítica sob um campo magnético externo e mostrou mudança de temperatura quando alguns elementos foram substituídos por isótopos diferentes. Porém, os pesquisadores não conseguiram detectar se ele expele um campo magnético porque o material testado foi muito pequeno.

supercondutor
Imagem: chemistryworld.com

Porém, o resultado demandou uma pressão altíssima para ocorrer: cerca de 150 a 170 GPa (Gigapascal). Para conseguir essa pressão, foi preciso comprimir o pequeno pedaço de material entre dois diamantes igualmente pequenos.

Isso significa que o experimento ainda não é reprodutível em condições ambientes. Mesmo assim, já e um avanço no longo caminho para ter a supercondutividade em nosso meio, o que permitiria desenvolver tecnologias avançadas (como supercomputadores e trens de levitação magnética). Por enquanto, o resfriamento do processo ainda é caro e representa um fator limitante para o largo uso dos supercondutores.

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Agora, o objetivo é conseguir reduzir a pressão necessária e aproximar a temperatura crítica da temperatura ambiente. Ainda, eles pretendem continuar a busca por novos materiais interessantes que tenham as características de supercondutores.

Referências: Phys.org; Science Daily; UChicago.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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