As revoluções tecnológicas estão acontecendo em todas as áreas e com a indústria mundial de plástico não é diferente. Um exemplo disso vem da Universidade de Durham, ao norte da Inglaterra, onde pesquisadores desenvolveram um tipo de plástico a partir de resíduos de cana-de-açúcar e CO2.
A experiência resultou na substância Furanodicarboxílico de Polietileno (PFE), considerada renovável. Está sendo tratada como substituta ou concorrente da Tereftalato de Polietileno, mais conhecida como PET.
E com esse estudo, pode-se notar mais uma possibilidade para recriar produtos e embalagens plásticas com maior responsabilidade ambiental, uma vez que as PET não são biodegradáveis.
A nova experiência é produzida com resíduos de materiais orgânicos e CO2, retirado de usinas de energia.
O processo é iniciado com o material vegetal, que sobra da prensagem da cana-de açúcar. Com mais alguns passos, adicionando CO2 e etileno glicol, é possível chegar no plástico conhecido como Furanodicarboxílico de polietileno (PFE).
Suas funções são bem semelhantes ao plástico encontrado nas garrafas PET, porém, uma análise profunda depois da criação desse novo material mostra que esse processo pode ser um concorrente em termos de custo também.
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Além disso, os resultados demonstram que as emissões e consumo de energia podem ser reduzidos em até 40,5% quando comparado com o PET.
Isso torna o PFE um material que pode ser um substituto viável ao PET, ainda mais nos dias atuais onde políticas de sustentabilidade e ecologia são extremamente valorizadas e importantes.
Produção de plástico no Brasil
Aqui no Brasil, o consumo de plástico é um dos maiores do mundo. Estamos em quarto no ranking como maior produtor dessa matéria, com uma produção de pelo menos onze toneladas ao ano.
E um dos maiores problemas dessa produção em massa é que estimam que apenas um por cento do material é reciclado posteriormente.
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Além disso, o plástico pode demorar até 100 anos para se decompor na natureza. Lembrando que boa parte dele é produzido a partir de fóssil e gás natural, o que contribui para um impacto negativo ao meio ambiente.
Alternativa brasileira
Por aqui, a petroquímica Braskem trabalha com uma alternativa na produção de plásticos desde 2007. Também foi desenvolvido a partir do etanol da cana-de-açúcar.
O principal benefício do plástico produzido a partir do etanol da cana é que, para cada uma tonelada de polietileno verde produzido, são retiradas pelo menos três toneladas de CO2 da atmosfera.
Ou seja, há uma redução de gases do efeito estufa no ar, pois durante o processo produtivo é capturado gás carbônico.
Não foi necessária a troca dos equipamentos para a produção do novo plástico, ocasionando economia para a empresa, que exporta a matéria-prima para a América do sul, América do Norte, Europa e Ásia.
Solução dinamarquesa
Também há empresas que buscam uma produção 100% livre de plástico. É o caso da dinamarquesa Carlsberg, que está trabalhando para apresentar uma garrafa de papel para armazenamento de cerveja.
A mesma marca já criou uma cola para os packs de latinhas, substituindo o uso do plástico. Interessante, não é mesmo?
O mundo está mudando e a responsabilidade com o meio ambiente tem se tornado um dos pilares de muitas empresas. Além disso, os consumidores estão cada vez mais ligados em nomes que prezam por esse novo conceito.
E você, o que acha disso? Conte para a gente!
Fontes: Arstechnica; Interesting Engineering; Nature; Cana Online; Ciclo Vivo.
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Clara Ribeiro
Jornalista especializada em Arquitetura e Engenharia, especialista em redação SEO, edição e revisão de textos, Marketing de Conteúdo e Ghost Writer, além de Redação Publicitária e Institucional; ávida consumidora de informação, amante das letras, das artes e da ciência.