Engenharia 360

Pesquisadores desenvolvem pele eletrônica que pode reagir a estímulos externos

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 17/09/2020 | Atualizado em 11/05/2022 2 min

Pesquisadores desenvolvem pele eletrônica que pode reagir a estímulos externos

por Larissa Fereguetti | 17/09/2020 | Atualizado em 11/05/2022

A tecnologia foi desenvolvida usando eletrônica extensível, memória eletrônica e revestimentos que reagem à temperatura.

Engenharia 360

A tecnologia foi desenvolvida usando eletrônica extensível, memória eletrônica e revestimentos que reagem à temperatura.

Alguns cientistas da RMIT University, em Melbourne, na Austrália, criaram uma pele eletrônica artificial que é capaz de reagir à dor e a mudanças de temperatura e pressão, como uma pele real. A tecnologia, que pode beneficiar o desenvolvimento de próteses melhores, robótica mais inteligente e alternativas não invasivas aos enxertos de pele, é um grande avanço na área de engenharia biomédica.

O dispositivo imita a resposta do corpo a sensações dolorosas com a mesma velocidade que o processo real. Líder do projeto, a engenheira Madhu Bhaskaran explica que a pele é o maior órgão sensorial do nosso corpo, com características complexas projetadas para enviar sinais de alerta rápidos quando alguma coisa dói.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

protótipo de pele eletrônica sensível sendo segurado por uma mão
Protótipo de pele eletrônica sensível. Imagem: RMIT

O protótipo desenvolvido é um passo crítico à frente no desenvolvimento futuro de sistemas sofisticados de feedback para fornecer próteses realmente inteligentes e robótica inteligente.

Madhu Bhaskaran, engenheira, professora da RMIT University in Melbourne e líder do projeto.

Além do protótipo para detecção de dor, os pesquisadores também desenvolveram dispositivos eletrônicos capazes de detectar mudanças de temperatura e pressão. Juntos, os três visam fornecer à pele eletrônica a capacidade de detecção de estímulos da pele real.

Skin care na pele eletrônica

A nova pele eletrônica combina três tecnologias já patenteadas pelo time de pesquisadores:

  • Eletrônica extensível: que combina materiais óxidos com silício biocompatível para fornecer eletrônicos transparentes, inquebráveis, vestíveis e finos como um adesivo;
  • Revestimentos que reagem à temperatura: mil vezes mais finos que um fio de cabelo humano, eles são feitos de um material que possui resposta ao calor.
  • Memória eletrônica: são materiais possuem “memória”, simulando a forma como o cérebro recorda e retém informações anteriores.
protótipo de pele eletrônica sensível em braço
Protótipo de pele eletrônica sensível. Imagem: RMIT Australia

Com combinações dessas tecnologias, cada protótipo desencadeou uma resposta quando colocado sob pressão, dor ou variação de temperatura. Com isso, a pele eletrônica artificial seria capaz de saber a diferença entre o toque com uma agulha ou com os dedos, por exemplo.

A pesquisa completa foi publicada na revista Advanced Intelligent Systems (clique aqui para conferir o artigo) e já tem uma patente provisória.

PUBLICIDADE

CONTINUE LENDO ABAIXO

O que você achou desse avanço na engenharia biomédica? Comente!

Veja Também: Mulheres na ciência: engenheira desenvolve pele sintética flexível para próteses


Fontes: RMIT Australia; TechXplore.

Comentários

Engenharia 360

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

LEIA O PRÓXIMO ARTIGO

Continue lendo