A Astronomia é a ciência natural que estuda corpos celestes e fenômenos com origem fora da atmosfera terrestre. É uma das áreas de estudo mais antigas da humanidade. Mas só foi com o advento dos telescópios que atingimos a Ciência Natural Moderna. Contudo, apesar dos enormes avanços tecnológicos, uma observação crua feita por um telescópio ainda apresenta imperfeições e “ruídos”. E para corrigi-los, os cientistas utilizam a óptica adaptativa!
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Sobre a óptica adaptativa na Astronomia
A óptica adaptativa é uma técnica instrumental que tem como objetivo corrigir defeitos ópticos dinamicamente – na Astronomia, essas aberrações são causadas pela atmosfera terrestre. O sistema consiste em um Sensor de Frente de Onda, responsável por detectar o “formato” da frente da onda que passa pelo sistema óptico; um Espelho Deformável, cujo formato é controlado eletronicamente; e um Subsistema de Controle.
Segundo o professor João Steiner, astrofísico do IAG - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP -, a "óptica adaptativa realiza milagres na Astronomia". Ele explica que a técnica "corrige as imagens em tempo real, deformando os espelhos do telescópio com a mesma frequência e a mesma fase que a turbulência".
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A Estrela Guia
O sistema da óptica adaptativa necessita de uma referência, a chamada “Estrela Guia” para calibrar o Sensor de Frente de Onda. Essa referência deve ser suficientemente brilhante e estar localizada na vizinhança da estrela observada.
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Apesar da enorme quantidade de estrelas no céu, essa operação não é fácil. Por isso, os cientistas criaram uma estrela virtual – uma estrela laser. Um feixe de laser é enviado para camada de sódio da mesosfera - algo entre 50 e 100 quilômetros de altitude; e, ao “richecotear”, cria a tal estrela artificial.
Eis os principais telescópios que utilizam essa técnica: GMT ou Giant Magellan Telescope, ainda em construção, e VLT ou Very Large Telescope, ambos no Chile.
E você, o que achou dessa tecnologia? Escreva sua opinião nos comentários!
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Fontes: USP, GMT, Óptica adaptativa
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Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.