O século XX trouxe duas grandes revoluções: os modos de produzir e distribuir os mais diversos bens de consumo. Começou com Henry Ford e a introdução à produção em massa e seriada, fazendo uma contrapartida em relação à produção artesanal e de baixos volumes, que a18té então formavam as grandes corporações de bens duráveis na Europa e nos Estados Unidos, passando por Alfred Sloan e suas ideias de diversificação de produtos e centralização da produção, o que levou a General Motors a se tornar uma das gigantes do setor automotivo.
Essas ideias e conceitos de administração ficaram conhecidos como sistema de produção em massa, o que para muitos historiadores foi o fator decisivo para os EUA se consolidarem como a maior economia do mundo.
Após a 2ª Guerra Mundial, o Japão tinha uma economia devastada por anos de conflito e uma indústria pouco competitiva em relação à americana e europeia. Após anos de estudo do sistema de produção em massa e de como os pontos fracos dessa metodologia poderiam ser sanados, Eiji Toyoda e Taiichi Ohno inovaram, criando novos métodos de produção e administração de recursos, o que ficou conhecido como Sistema de Produção Toyota (TPS) e foi largamente copiado por outras companhias japonesas, resultando em forte crescimento econômico e tecnológico para o país no final do século.
Com o atual cenário econômico mundial, onde a globalização impõe níveis elevados de competitividade, exigindo cada vez mais das empresas redução de custos e melhores níveis de produtividade e qualidade, tudo isso sem agredir o meio ambiente e preservando a saúde do trabalhador, mais do que nunca a sobrevivência das corporações depende de novos métodos de gestão para mantê-las ágeis e fortes. É diante desses desafios que se encaixa a filosofia Lean Manufacturing ou Produção Enxuta.
O principio dessa filosofia é utilizar novas ferramentas de gestão de produção e recursos visando à eliminação total de desperdícios e consequentemente a maximização de ganhos nas atividades empresariais.
Essa "mentalidade enxuta", por assim dizer, visa reduzir o desperdício em diferentes aspectos: super-produção, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos. Para isso, leva-se em conta critérios como a qualidade total imediata, a minimização do desperdício, a melhoria contínua, a flexibilidade, entre outros.
Dominar essa filosofia com destreza e conseguir aplicá-la em ambientes tão diversos e com culturas tão diferentes da japonesa é o desafio para as indústrias de todo o mundo e, certamente, quem conseguir achar o melhor caminho para alcançar a melhoria contínua terá grande vantagem competitiva.