Engenharia 360

NASA avança na exploração espacial com o lançamento de motor fabricado em 3D

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por Redação 360
| 17/02/2023 4 min
Imagem de WikiImages em Pixabay

NASA avança na exploração espacial com o lançamento de motor fabricado em 3D

por Redação 360 | 17/02/2023
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A NASA divulgou recentemente um teste bem-sucedido de um novo tipo de motor de foguete, construído utilizando a tecnologia de impressão 3D. Esse motor é capaz de gerar empuxo de forma estável por quase um minuto, usando menos combustível do que os motores de foguete tradicionais. O projeto é um passo importante para a exploração do espaço profundo e que poderá ser usado em missões na Lua ou em Marte. Saiba mais no texto a seguir!

motor foguete nasa
Imagem divugação - reproduzida de Istoé

O que é impressão 3D?

Antes de entrarmos em detalhes sobre o novo foguete da NASA, talvez seja importante esclarecer que impressão 3D é uma técnica de produção que permite criar objetos tridimensionais a partir de um modelo digital. Ela funciona adicionando camadas de material sucessivas, conforme o desenho digital, até que o objeto seja completado. O material utilizado para a impressão pode ser plástico, metal, cerâmica ou outros materiais sólidos, dependendo da aplicação.

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Esse tipo de impressora é amplamente utilizada em vários setores, incluindo engenharia, arquitetura, design de produtos, manufatura e medicina, entre outros. Sem dúvidas, é uma tecnologia inovadora que permite a criação de objetos complexos de forma mais rápida, precisa e econômica. Além disso, a impressão 3D permite a criação de peças sob medida e protótipos de baixo custo, facilitando o processo de desenvolvimento de novos produtos.

Como a engenharia poderia usar a impressão 3D para fazer foguetes?

A impressão 3D pode ser uma ferramenta valiosa para a indústria de foguetes e engenharia aeroespacial. Algumas das maneiras que a impressão 3D pode ser usada incluem:

  • Prototipagem rápida
  • Customização de peças
  • Redução de desperdício
  • Fabricação de peças de reposição
  • Testes em ambiente simulado

Em resumo, a impressão 3D pode ser usada para melhorar a eficiência, a eficácia e a segurança da produção de foguetes, oferecendo uma alternativa rápida e econômica para a fabricação de peças.

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Como funcionam os motores RDRE para foguetes?

motor foguete nasa
Imagem de WikiImages em Pixabay

Os motores de foguete utilizados na exploração espacial tiveram uma estrutura pouco alterada por muito tempo, consistindo em uma câmara de combustão que queima o combustível para gerar propulsão através do princípio de ação e reação. No entanto, os motores RDRE (sigla em inglês para “Motor de Foguete de Detonação Rotativa”) utilizam círculos concêntricos para gerar detonações cronometradas e pulsos constantes de gás supersônico através de um bocal, gerando o empuxo para o foguete.

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O uso do motor RDRE, construído utilizando a tecnologia de manufatura aditiva ou impressão 3D, pode oferecer várias vantagens para as missões espaciais da NASA à Lua e a Marte. Uma das principais seria a economia de combustível, pois o dispositivo usaria menos combustível do que os modelos de motores tradicionais.

Além disso, o RDRE não precisa de oxigênio para produzir combustão - por isso seu design é mais leve e eficiente. Essas características tornam o motor adequado para a propulsão de espaçonaves robóticas ou tripuladas para missões de exploração do espaço profundo. Ele também é capaz de suportar condições extremas de calor e pressão por períodos mais longos, o que pode melhorar a durabilidade e a confiabilidade da nave espacial.

Qual a grande expectativa da NASA?

motor foguete nasa
Imagem reproduzida de
ArtPhoto_studio em Freepik

Desde os anos cinquenta, a tecnologia dos motores RDRE tinha ficado só na teoria. Somente agora é que os engenheiros da NASA conseguiram construir um motor funcional e em escala real. A agência realizou testes para validar os sistemas de ignição interna de aceleração, acionando o motor por mais uma dúzia de vezes, ao longo de quase 10 minutos, conseguindo produzir 4.000 libras de empuxo de forma estável por quase um minuto.

Assim sendo, ficou entendido que a tecnologia poderá ser futuramente, sim, usada para viagens ao espaço, movendo mais carga útil e massa para destinos diversos, sem a necessidade de oxigênio para a produção de combustão. E, mesmo sendo impresso em 3D, feito de liga de cobre, poderia impulsionar espaçonaves robóticas ou tripuladas para missões na Lua ou em Marte. O próximo passo do projeto é só construir um RDRE totalmente reutilizável, além de ser capaz de gerar um impulso maior.

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Fontes: UOL, Istoé.

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