Atualização: Mesmo com boas ações de Engenharia Florestal, a Amazônia corre risco de colapso em 2029 devido a desmatamento, queimadas e seca. Agropecuária é o principal fator do desmatamento. Fogo pode afetar chuvas, causando mais queimadas. Painel do IPCC alerta sobre "savanização" do bioma. Há esperança em proteger 74% e restaurar 6% da floresta, mas requer ação imediata e parceria com comunidades indígenas. Objetivo é proteger 80% até 2025.
Certamente você, sendo da área de Engenharia, já ouviu falar no MIT, que é o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (Massachusetts Institute of Technology). Esta é hoje, uma das instituições de pesquisa e ensino mais renomadas do mundo. E a intenção do cientista Carlos Nobre - referência de sua geração - é criar, na Amazônia, um modelo de organização especial voltada à Engenharia Florestal, com colaboração de outros países que possuem porções da floresta, para estimular pesquisas com os recursos naturais disponíveis na região. Saiba mais no texto a seguir!
Inspiração para a criação do "MIT da Amazônia"
Carlos é formado pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos, com doutorado no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. Com conhecimentos em Meteorologia, sonha em criar um centro de pesquisa no padrão dos melhores centros do mundo, e bem no coração da Amazônia Brasileira, em parceria com Peru, Colômbia e Bolívia. Ele apelidou o seu projeto de 'Instituto de Tecnologia da Amazônia' -ou AmIT, na sigla em inglês. E é claro que toma como inspiração o próprio instituto norte-americano.
Mas valeria a pena tocar este projeto de Engenharia Florestal?
De acordo com Carlos Nobre, sim! Isso porque, até agora, nenhum país tropical tem desenvolvido nenhuma bioeconomia baseada em recursos naturais, biodiversidade e florestas. O Brasil seria, portanto, pioneiro nisso! E de onde viriam os recursos? Ele acredita que há parceria público-privada. Os detalhes até já estão sendo estruturados por sua equipe - que inclui também os cientistas Maritta Koch-Weser, presidente da ONG Earth3000 e Adalberto Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) -; e, talvez, seja possível colocar o plano em prática a curto prazo - os detalhes podem ser conferidos no site oficial da iniciativa.
O que se pretende estudar no AmIT?
A premissa para a criação do AmiT é obter, através da ciência e novas tecnologias, mais conhecimento sobre a Amazônia. O foco é investigação de Engenharia Florestal, inovação de sistemas, inclusão socioeconômica dos governos e desenvolvimento da região, através dos potenciais usos dos recursos naturais da floresta de modo sustentável. Para isso, foram traçados ou desenhados cinco eixos de pesquisa e formação:
- trabalhar com florestas, paisagens alteradas ou degradadas e como restaurá-las, infraestrutura sustentável de transporte e energia, biodiversidade e manejo da água.
Segundo o pesquisador, o grande objetivo é aliar "a ciência (Engenharia Florestal) indígena de milhares de anos, com a ciência contemporânea, de forma harmoniosa e operativa".
Veja Também: COP27 Egito: o possível plano para a restauração da Amazônia
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O que isso traria benefícios para o mundo?
Tenha certeza, o Brasil e o mundo têm grandes desafios pela frente em se tratando do enfrentamento das Mudanças Climáticas. Lembrando que durante a COP27, o nosso governo assumiu o compromisso de se tornar liderança global nas políticas ambientais, como a primeira grande economia a zerar suas emissões de carbono. E isso não é nenhum favor que fazemos. É nosso dever preservar! Além disso, ganhamos muito para a nossa economia, pois a manutenção da floresta é fundamental para o regime de chuvas que irriga e sustenta as plantações espalhadas pelo resto do país, por exemplo.
Quando há a queda do desmatamento e da degradação ambiental, há também uma melhora da qualidade de vida da população brasileira e especificamente da Amazônia. Se lidamos com a natureza com respeito, agindo com base na ciência (como os estudos de Engenharia Florestal), tendo como apoio uma política pública voltada para o povo e pensando em combater as ações ilegais… esse é o desenvolvimento que devemos mirar e o futuro que devemos almejar, trabalhando com todas as forças e esmero. E isso não com a desculpa de pressão internacional, mas de amor à vida!
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Fontes: G1.
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Eduardo Mikail
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