Engenharia 360

Que susto! Misteriosas ondas de rádio de outra galáxia são captadas

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por Rafael Panteri
| 01/09/2021 | Atualizado em 28/01/2023 3 min
OzGrav, Swinburne University of Technology

Que susto! Misteriosas ondas de rádio de outra galáxia são captadas

por Rafael Panteri | 01/09/2021 | Atualizado em 28/01/2023
OzGrav, Swinburne University of Technology

Os astrônomos monitoram sinais de rádio há anos, mas nunca nenhum igual a esse.

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Os astrônomos monitoram sinais de rádio há anos, mas nunca nenhum igual a esse.

Detectar ondas eletromagnéticas vindas de outra galáxia é uma atividade comum na Astronomia. 'Comprimento, amplitude e velocidade' são características medidas por sensores espalhados ao redor do planeta. E essas medições ajudam os astrônomos a classificar e identificar a origem desses sinais.

Mas, recentemente, especialistas e estudiosos ficaram intrigados com um padrão nunca visto. Isso se repetiu nos últimos meses e levanta a questão: "Qual será a sua origem?". Descubra no texto a seguir!

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atrofísica
Imagem de Shaunl - iStock - Getty

Os sinais de ondas de rádio captados

Por quatro dias, sinais de onda de rádio chegaram à Terra de forma aleatória. Depois, pelos próximos 12 dias, nada foi captado. Então, por mais quatro dias, novamente os pulsos apareceram seguidos por 12 dias de “silêncio”. Enfim, esse padrão foi identificado pelos astrônomos por mais de um ano.

Pesquisa aprofundada

A estudante de doutorado da Universidade de Toronto, Dongzi Li, começou a estudar esses sinais em 2019. Seu estudo é baseado em um fenômeno astrofísico chamado ‘explosão rápida de rádio’ (FRB na sigla em inglês). Explicando melhor, diariamente, a Terra é atingida por esses FRBs – sinais invisíveis, por poucos milissegundos.

Durante um dos monitoramentos no telescópio de rádio de British Columbia, Dongzi Li identificou um padrão diferente nos FRB’s – quatro dias captando e 12 dias não. Esse sinal recebeu código de identificação 180916.J0158+65; e, detalhe, ele foi o primeiro a apresentar esse tipo de padrão. Mas de onde veio isso? Astrônomos identificaram que sua origem é uma galáxia a aproximadamente 500 milhões de anos-luz da Terra!

ondas sonoras
O telescópio Chime observa o céu na província canadense de British Columbia (Imagem de ANDRE RENARD - CHIME COLLABORATION)

A importância da descoberta

A descoberta é importante quando consideram que as primeiras evidências do fenômeno quase foram descartadas como um acaso. O primeiro FRB foi descoberto em 2007 quando astrônomos na Austrália procuravam por outro sinal astrofísico. A ideia inicial foi que o padrão era causado por algum erro no telescópio ou interferência nas ondas captadas. E então, sinais semelhantes começaram a aparecer em outros telescópios.

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Os astrônomos apresentaram algumas possíveis explicações para a fonte do FRB captado. Talvez o objeto esteja girando de forma que sua luz aponte para a Terra apenas a cada quatro dos 16 dias. Outra possibilidade é que sejam dois objetos: uma estrela de nêutrons em órbita com outra semelhante ou um buraco negro. Ou então, a fonte reside na perda de uma fonte de gás interestelar que amplifica suas emissões de rádio, permitindo assim que captamos apenas quando essas ondas estão amplificadas.

Imagem aérea do telescópio CHIME, British Columbia

Os astrônomos estão interessados em estudar o material existente entre as galáxias porque “não temos outra informação além da que os FRB’s estão começando a nos dar”, diz Shami Chatterjee, astrofísico da Universidade Cornell, que estuda esse tipo de sinal. Para conseguir atingir uma teoria coerente, os astrônomos precisam da ajuda dessas ondas que eles mal entendem.

E você, o que achou dessas ondas de sinais? Acredita na sua origem? Se quiser ler mais matérias sobre essa aqui no 360, escreva para nós nos comentários!

Veja Também: Astronomia: pesquisadores descobrem quatro exoplanetas maiores que Júpiter

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Fontes: The Atlantic.

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Rafael Panteri

Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.

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