Será mesmo que a Guerra Fria terminou? Pode ser que não, pois Rússia e os Estados Unidos jamais deixaram de investir pesado em tecnologias de potencial de guerra - como mísseis intercontinentais. Mas é claro que a tensão entre as duas potências, após a Segunda Guerra, ficou ainda mais elevada com a corrida espacial durante os anos de 1960. Afinal, qual a verdadeira intenção de levar equipamentos humanos, como os satélites, para a órbita terrestre? De conquistar a Lua? E de levar equipes para estações espaciais?
Possíveis armas da Rússia (URSS) numa Guerra Espacial
1. Veículos espaciais de ataque
Há quase 70 anos, a Rússia - na verdade, na época, a URSS - começava a traçar sua Guerra Espacial. Assim como seu inimigo, os Estados Unidos, ela desenvolvia projetos e mais projetos de estações de combate e caças espaciais. Que bom que muitas dessas propostas jamais saíram do papel. AINDA não, mas... Infelizmente, as ameaças realizadas hoje pelo Kremlin provam que não temos qualquer ideia de para onde a raça humana se encaminha.
Voltando a falar dos anos de 1950, nesta década um dos programas da Rússia ficou de responder à criação americana do avião espacial Boeing X-20 Dyna-Soar. Assim nasceu o projeto Spiral, um avião espacial soviético que seria lançado a partir de um porta-aviões antes de entrar em órbita, sendo que outras versões suas acabariam destinadas a uma variedade de tarefas. Mas, resumindo, a intenção geral é de que a "unidade mãe" monitorasse objetos tanto em órbita quanto na Terra, como, por exemplo, aviões espaciais de inimigos.
A ambição dos russos era de, na sequência, usar os veículos espaciais de ataque para lançar mísseis espaço-Terra contra grupos de porta-aviões (aeronaval) com ogivas nucleares. Outra ideia era usar tais veículos em interceptação de objetos espaciais, atacando alvos em órbita com mísseis autoguiados. E vale destacar que as naves seriam reutilizáveis. Enfim, um dos primeiros protótipos, o MiG-105-11, ainda pode ser visto no Museu da Força Aérea Central de Monino, na região de Moscou.
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2. Satélites de combate
Eliminar qualquer possível ameaça inimiga é regra máxima de guerra. Em um conflito espacial, seria possível abater satélites dos oponentes. A Rússia da Guerra Fria pensava em fazer isso com mísseis balísticos a partir de instalações terrestres, navios e aeronaves. Inclusive, o governo desenvolveu um sistema chamado Nariad e um míssil para aeronaves MiG-31. E, detalhe, ao contrário da maioria dos outros projetos espaciais de combate, o programa de satélites de combate foi bem-sucedido e concluído. Ele acabou sendo colocado em serviço de combate em 1979, porém abandonado em 1993 - e tomara que não seja resgatado, não é mesmo?
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3. Estações de combate espacial
A Rússia também quis ser a primeira a ter uma estação espacial só dela, assim como a China tem hoje; aliás, o primeiro projeto tinha como codinome Diamante. Estas estações deveriam ser protegidas por canhões e destinadas para fins militares quando necessário, destruindo espaçonaves inimigas e mísseis balísticos intercontinentais, alvos aéreos, navais e terrestres. E isso poderia ser feito com mísseis - para alvos em órbita baixa -, armas laser - para alvos em órbita média - e armas geoestacionárias - para alvos a mais de 35 mil km.
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4. Armas para cosmonautas
Chegamos, enfim, a uma das ideias russas mais absurdas para guerras espaciais. Seria um modelo de pistola de cano triplo TP-82 para os cosmonautas usarem após a nave ou ônibus espacial pousar; e um modelo de pistola a laser para usarem no espaço, desativando sensores de naves ou cegar mesmo os inimigos. O único protótipo está em exibição no Museu da Academia de Forças de Mísseis Estratégicos Pedro, o Grande, localizado na região de Moscou.
Chocante, não é mesmo? Escreva nos comentários se você acha que uma possível próxima guerra mundial possa ser travada no espaço! Rezemos que nunca, jamais!
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Fontes: br.rbth.
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Eduardo Mikail
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