Os amantes de Fórmula 1 tomaram um susto no último domingo (29/11), durante o Grande Prêmio de Bahrein 2020. O piloto Romain Grosjean, da equipe Hass, se envolveu em um acidente gravíssimo na primeira volta da corrida.
Logo na curva 3, Grosjean teve contato com outro piloto e saiu da pista direto para o guard rail. O impacto, a 222km/h, dividiu seu carro ao meio e as chamas começaram logo em seguida. O francês escapou apenas com queimaduras leves após ficar 29 segundos dentro do automóvel em chamas.
O resumo dessa história mostra como a revolução da segurança na F1 salvou a vida de Grosjean e a importância da engenharia em momentos como esse. Mas o que, de fato, contribuiu para que o piloto saísse andando depois do grave acidente?
1. HALO
Implantado em 2018, o dispositivo de segurança HALO fornece a proteção frontal do piloto. No caso de Grosjean, foi crucial para que o guard rail não atingisse a cabeça do francês, além de criar um espaço para que ele pudesse sair, uma vez que seu carro estava preso entre as ferragens.
2. Roupa antichama
Sair apenas com queimaduras leves, depois de ficar 29 segundos em meio ao fogo, também é mérito da engenharia. Os macacões usados pelos pilotos de Fórmula 1 resistem a temperaturas de até mil graus Celcius por 20 segundos. Embaixo disso, os pilotos ainda usam camiseta antichama.
Mesmo com tais conquistas da engenharia, essa história trouxe alguns questionamentos aos organizadores da Fórmula 1 . Para o diretor desportivo Ross Brawn, o fato do guard rail se romper, permitindo que o cockpit o atravessasse e ficasse preso, é algo que deve ser analisado. "Também é preciso entender por que houve um incêndio e por que o carro se partiu em dois", acrescentou.
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A partir de agora, o foco na segurança das corridas será redobrado. Acidentes como esse mostram a importância da engenharia nos esportes, bem como sua real funcionalidade. O final dessa história não foi mais trágico por mérito dos equipamentos e tecnologias de proteção.
Fontes: Folha, Racing, Autoportal, GE, F1Mania
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Rafael Panteri
Estudante de Engenharia Elétrica no Instituto Mauá de Tecnologia, com parte da graduação em Shibaura Institute of Technology, no Japão; já atuou como estagiário em grande conglomerado industrial, no setor de Sistemas Elétricos de Potência.