Recentemente, nós mostramos como alguns engenheiros fizeram uma “impressão eletrônica” em diferentes superfícies, incluindo as flexíveis. Segundo essa onda dos eletrônicos flexíveis, um outro grupo de engenheiros criou transistores e outros dispositivos eletrônicos flexíveis.
A vantagem desses eletrônicos flexíveis é que eles podem ser usados em diferentes locais, inclusive na pele e em implantes cirúrgicos que monitoram alguma condição física. Segundo os pesquisadores, ele permite a livre circulação sem comprometimento de suas funções.

Eles foram chamados de TBTs (thread-based transistors). Eles podem ser modelados em circuitos lógicos simples e substituem o último componente rígido restante de muitos dispositivos flexíveis atuais. Ainda, permitem a criação de dispositivos multiplexados e flexíveis quando combinados com sensores baseados em encadeamento.
O campo da eletrônica flexível está ganhando espaço rapidamente. Os dispositivos possuem metais e semicondutores em estruturas flexíveis ou polímeros condutores. Tais eletrônicos permite a aplicação de dispositivos que se adaptam de acordo com o tecido biológico no qual estão incorporados (alguns exemplos são pele, coração e tecido cerebral).
A diferença é que os eletrônicos flexíveis desenvolvidos nessa pesquisa possuem algumas vantagens em relação aos baseados em polímeros e outros materiais flexíveis. Uma delas é a flexibilidade, melhor, além do fato de que podem incluir dispositivos extremamente finos, macios e flexíveis o suficiente para uma melhor integração aos tecidos biológicos.
Anteriormente, os engenheiros desenvolveram um conjunto de sensores de temperatura, glicose e outros e aparelhos que podem coletar amostras ou distribuir medicamentos para o tecido circundante. Os transistores desenvolvidos permitem criar circuitos lógicos que controlam o comportamento e a resposta desses componentes.
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Para testar, os pesquisadores criaram um circuito integrado simples de pequena escala chamado multiplexador e conectaram a um conjunto de sensores capazes de detectar íons de sódio e amônio (biomarcadores importantes para avaliar a saúde cardiovascular, hepática e renal). Os experimentos em laboratório mostraram que o dispositivo é capaz de monitorar alterações nas concentrações de sódio e amônio em vários locais. Isso pode ser o começo de uma nova era de biomarcadores e de outros eletrônicos implantáveis.
Fontes: Phys.org.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.