Engenharia 360

A energia que vem do esgoto

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 04/12/2013 | Atualizado em 16/07/2022 2 min

A energia que vem do esgoto

por Larissa Fereguetti | 04/12/2013 | Atualizado em 16/07/2022
Engenharia 360
Da mesma maneira que a água limpa chega a sua casa, a água suja (esgoto) precisa sair. Embora em muitos locais o saneamento seja escasso e esses resíduos sejam descartados nos corpos d’água ou até mesmo nas ruas, eles devem ser passados por tubulações subterrâneas até chegar às ETEs – Estações de Tratamento de Esgoto.

O trabalho das ETEs é acelerar um processo normal que ocorreria no curso de água, mas bem mais rápido, que é submeter o esgoto a uma alta concentração de bactérias que vão se alimentar da matéria orgânica e eliminar a sujeira. Assim que chega à ETE, o esgoto passa por diversos processos que vão auxiliar a volta para o rio em forma de água mais limpa, mas não pronta para o consumo.

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Seria muito mais fácil se a sujeira desaparecesse, mas as coisas não funcionam bem assim. Há três resíduos sólidos extraídos do processo: areia, lixo e lodo. A questão é: o que fazer com eles?  É obvio que a sujeira retirada da água precisa parar em algum lugar adequado. Desses três, o mais problemático e também volumoso é o lodo. Após a higienização, o lodo pode ser utilizado na agricultura e é de grande auxílio para os agricultores, que economizam gastos com fertilizantes.

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Um dos subprodutos gerados nesse processo de tratamento do esgoto é o gás metano, que pode ser utilizado para a produção de energia. O sistema consiste em coleta, filtração e armazenamento do biogás. Quando a energia produzida é maior que a demanda energética da companhia de água, o excedente é fornecido para a companhia de energia da região. Infelizmente, o processo não é tão rentável para algumas companhias, que ainda queimam o gás a céu aberto, liberando gás carbônico para o meio ambiente.

Às vezes é complicado tentar entender aquilo que não vemos, sendo difícil imaginar onde vai parar o esgoto após sair das nossas casas. Portanto, na próxima vez que der descarga, pense que o resíduo do seu resíduo pode gerar energia.

Já que o assunto é esgoto, vale lembrar que no dia 19 de novembro comemorou-se o “Dia da Privada”. O motivo da data é lembrar as pessoas que existem coisas que não foram feitas para descartar no vaso sanitário, pois são elas que dão muita dor de cabeça para os operadores das ETEs. São alguma delas: Cotonete, fio dental, óleo de cozinha, medicamento, ponta de cigarro, poeira de varrição de casa, fio de cabelo, pelos de animais, tinta que não seja à base de água, querosene, gasolina e solvente.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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