Na primeira semana de fevereiro de 2024, representantes do governo federal e do estado de São Paulo anunciaram uma parceria para a execução das obras do Túnel Santos-Guarujá, o primeiro túnel submerso marítimo da América Latina. Então, pelo que parece, depois de 100 anos, finalmente a ideia está prestes a sair do papel e poderá ser um marco na história da Engenharia Civil Brasileira. E o momento não poderia ser o mais oportuno, já que este ano é comemorado os 132 anos do Porto de Santos.
A obra, orçada em R$ 5,8 bilhões, promete transformar a dinâmica de transporte na região. Sua extensão prevista é de 1,5 km, com 870 metros dela por baixo do canal. Continue acompanhando este artigo para descobrir mais detalhes!
O projeto inovador do túnel Santos-Guarujá
O futuro túnel submerso marítimo Santos-Guarujá terá três faixas de rolamento em cada sentido. O diferencial é que uma dessas faixas será adaptável para locomoção de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Além disso, a estrutura também contará com uma ciclovia e uma passagem para pedestres. Por fim, haverá também uma estrutura de pedágio - a previsão é de que seu valor seja equivalente à tarifa das balsas que atualmente fazem a ligação entre as cidades. A travessia total de carro está estimada em um minuto e meio.
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As etapas da construção do túnel submerso
A construção do túnel submerso marítimo Santos-Guarujá envolve uma série de etapas desafiadoras e precisas, incluindo:
Projeto e planejamento da obra
A primeira fase de execução desse plano envolve uma análise meticulosa de geologia, considerando questões ambientais do local. Fora o dimensionamento da estrutura que se precisará para a construção do túnel, bem como o planejamento logístico, entre outros detalhes.
Fabricação e descolamento dos módulos
O túnel submerso marítimo Santos-Guarujá será feito de módulos pré-moldados. Os mesmos serão fabricados em concreto armado em uma doca seca. Serão seis deles, cada um com sistema especial de encaixe. Após a sua fabricação, deverá ser feito o seu deslocamento até o local da construção. Por hora, para isso, foi determinado o uso de transporte de flutuação.
Processo de construção do túnel
Antes da fixação dos módulos, será preciso preparar o leito do canal, o que pode envolver escavações, nivelamento e outras preparações. Os módulos serão, então, gradualmente submersos, encaixados e fixados com precisão para garantir a integridade estrutural.
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Verificações de integridade
Nesta etapa, são necessárias verificações finais. Qualquer ajuste necessário é feito para garantir a estabilidade e eficiência do túnel
Os principais desafios e soluções na construção
É óbvio que uma obra como esta do túnel Santos-Guarujá, o primeiro túnel submerso marítimo da América Latina, trata-se de um enorme desafio de engenharia. Imagina bem o caso: a construção será realizada a uma profundidade mínima de 21 metros. Tem também toda essa questão de transportar os módulos fabricados até o canteiro. Por outro lado, é possível elencar vários benefícios que serão colhidos após a conclusão do plano.
Conforme informações do Governo de São Paulo, o túnel tem a proposta de diminuir em aproximadamente 50 minutos o tempo de deslocamento entre Santos e Guarujá, aliviar o tráfego na Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055) e proporcionar a priorização do canal do porto para embarcações de carga e passageiros.
O Porto de Santos, o porto mais movimentado do país e o maior do Hemisfério Sul, será muito ajudado com esta obra. Seus lucros anuais poderão aumentar. Só para se ter uma ideia, no último ano, 173,3 milhões de toneladas foram movimentadas no local. Segundo o governo federal, a nova oportunidade "deve contribuir para um maior desenvolvimento sustentável para o Brasil, rumo a uma transição ecológica".
Resumindo, o túnel submerso marítimo já é um símbolo de inovação, cooperação e visão para o futuro, colocando o país na vanguarda da engenharia e promovendo um avanço econômico e social da região. Representa um compromisso com o progresso sustentável, destacando a importância do Estado como indutor do desenvolvimento.
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Fontes: Engenharia É, O Globo.
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Eduardo Mikail
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