Imagine um elevador que leva até o espaço. É exatamente essa a invenção que a empresa canadense Thoth Technology patenteou.
“- Alguém aperta o botão do espaço, por favor?”
O projeto consiste em uma torre com 20 quilômetros de altura. Porém, esse projeto não foi pensado exatamente para levar meros terráqueos como nós para um passeio nas alturas. O objetivo principal é lançar foguetes diretamente da estratosfera.
Uma pausa para a revisão: as camadas da atmosfera são cinco: troposfera (0 a 18km), estratosfera (18km a 50km), mesosfera (50km a 80km), termosfera (80km a 300km) e exosfera (300km a 600km).
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A ideia é a seguinte: os astronautas subirão os 20 km por um elevador elétrico. Do alto da torre, os aviões espaciais serão lançados em órbita em um único estágio, voltando ao topo para reabastecer e fazer outros voos. O nome do projeto é ThothX Tower e quem inventou o conceito foi Brendan Quine.
Mas essa não é uma ideia recente. Um elevador espacial foi proposto pela primeira vez em 1895 por um cientista russo. No entanto, naquela época não havia tecnologia suficiente para que o projeto pudesse ser idealizado do ponto de vista construtivo. E qual a diferença do lançamento da estratosfera para o lançamento normal? A intenção é deixar o lançamento de mais barato e eficiente, com uma queda de 30% no consumo de combustível. Quando lançados, os foguetes precisam liberar uma grande quantidade de massa para conseguir a propulsão para subir. Com o elevador, as cargas e naves chegam mais facilmente a alturas elevadas.
Se você está questionando como uma torre de 20km vai ser, aqui vai a resposta: o projeto prevê uma estrutura que seja parcialmente inflável, com cada parte pressurizada. Alguns dispositivos servirão para deixá-la estável, afinal, manter 20000 metros de pé não deve ser nada fácil.
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Além de lançar foguetes, a torre também poderá servir como um ponto turístico e até gerar energia. Ok, talvez até seja possível a gente dar um “rolé” lá em cima. Porém, já dá para imaginar quão difícil será construir uma torre tão alta e com tantos requisitos, mais difícil ainda deve ser conseguir uma "passagem" para dar uma voltinha na estratosfera. Só nos resta aguardar e ver se o projeto sai mesmo do papel, certo?
Referências: Discovery News; Science Alert; Wired.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.