Já começamos este texto respondendo a pergunta do título. Talvez os computadores digitais não substituam totalmente os computadores analógicos como pensávemos. Não se pode comparar tal evento à troca que ocorreu no Brasil do sinal analógico pela transmissão televisiva digital. O problema é: será que essa tecnologia, no nível de desenvolvimento que está hoje, conseguiria lidar com um volume cada vez maior de dados, respondendo às novas necessidades para computadores?
Computação analógica x computação digital
Vamos justificar esse questionamento! É que os computadores que usamos hoje apresentam uma separação de memória, onde os dados ficam armazenados, e processador, onde a computação real é realizada. Com isso, há um gargalo de desempenho de interface do processador e na memória. Precisaríamos de um tipo de hardware melhor para isso, como o PIM, que não seria computação digital, mas analógica.
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Sobre o hardware tipo PIM
Sabe como um computador básico funciona? Assim, a máquina é programada para realizar, usando transistores - representando 1 e 0, como um liga e desliga ou código binário -, a tradução de informações, com os bits armazenados em um capacitor. Já num computador com hardware PIM existe uma memória RRAM memoristor, que praticamente imitam o cérebro humano, usando resistores especiais para guardar as correntes ou caminhos por onde percorrem os dados de cálculos dessas informações, que não precisam ficar transitando entre memória e CPU para isso.
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Grande desafio do futuro
Esses computadores PIM são, por isso, muito mais eficientes. Mesmo assim, sabe-se que seria lógico, com o tempo, tentar traduzir as informações, sim, do formato analógico para o digital. Só que como seria possível fazer isso de forma eficiente e rápida? Bem, uma solução já apresentada pelos engenheiros é aproximar funções arbitrárias em um tipo de rede neural para, desse jeito, melhorar a eficiência dos computadores.
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Para que um computador PIM funcione como desejamos, convertendo os resultados parciais que produz em informações digitais, consumiria energia demais. E justamente essa aproximação neural resolveria o problema, realizando múltiplos cálculos ao mesmo tempo, exigindo menos ADCs e resultando em maior eficiência da computação.
Sim, já existem empresas ao redor do mundo que trabalham na construção de protótipos em grande escala de computadores PIM com essa rede neural. Logo veremos tal barreira da computação ser ultrapassada e esse paradigma provado que tem potencial de ser muito mais poderoso do que se imagina. Continuemos a acompanhar as publicações científicas!
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Fontes: Inovação Tecnológica.
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Eduardo Mikail
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