No fim do ano passado explicamos um pouco sobre a diferença entre os tipos de equipamentos de ar-condicionado, hoje vamos falar um pouco sobre a origem da climatização dos ambientes internos. Atualmente este é um aspecto a ser estudado e considerado no projeto, mas como e quando ele surgiu?
Foi por volta de 1920 com o crescimento da influência dos engenheiros que não se limitaram apenas aos projetos estruturais, o condicionamento do ar se tornou característica padrão em fábricas, hotéis, teatros e cinemas.
Quais foram as influências para o desenvolvimento da climatização?
Alguns fatores foram essenciais para o desenvolvimento e crescimento desta tecnologia. Primeiramente, podemos destacar a grande demanda em hotéis e centros de entretenimento, sendo que o crescimento da indústria cinematográfica foi o ápice já que as salas de cinema eram uma forma agradável de as pessoas escaparem do calor de muitas cidades norte-americanas.
Outro fator a ser considerado foi de grandes grupos de empreendedores investirem na ideia, garantindo que o desempenho dos equipamentos de climatização fossem se aperfeiçoando com a crescente demanda.
Inicialmente, esses equipamentos eram limitados pela velocidade de seus compressores. Desta maneira foram necessários grandes investimentos para desenvolver novas tecnologias, algumas delas foram capazes de diminuir o tamanho e aumentar a eficácia. Para isso, realizaram diversos testes com compressores, substâncias refrigeradoras e até vedantes adequados, já que eram utilizados no sistema substâncias tóxicas.
Mas foi apenas em 1930 que o Engenheiro Leo Lewis conseguiu compatibilizar diversas ideias anteriores e desenvolver um sistema em que combinava 3 correntes de ar diferente, assim estabelecendo novos padrões de conforto para teatros e cinemas.
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Com a crescente demanda e instalação nas diversas edificações, surgiu o questionamento em relação à saúde das pessoas que estariam nestes ambientes. Ao longo destes anos foi discutido qual seria a proporção correta de ar a ser respirada e, para chegar a uma proporção adequada, diversos fatores deveriam ser considerados, tais como: umidade do ar, poeira no ambiente, idade das pessoas, entre outros.
E como foi a expansão desta tecnologia?
Mesmo com tamanha discussão em relação aos benefícios e malefícios à saúde por ser uma tecnologia em constante desenvolvimento e aperfeiçoamento, ela continuou se espalhando, desde fábricas, cinemas, teatros, hotéis e até mesmo prédios de grandes corporações.
Em 1930 foi quando algumas empresas começaram a produzir sistemas menores de condicionamento de ar. Assim, surgiu o sistema no mercado doméstico. Dessa maneira foi que se viu como uma necessidade possuir este sistema em salas comerciais e em imóveis residenciais.
Qual a preocupação atualmente sobre esses sistemas?
Após todo o desenvolvimento da tecnologia e a discussão sobre questões médicas, chegamos ao ponto em que ainda hoje gera discussão e desenvolvimento de novas tecnologias: a economia de energia.
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A preocupação global sobre custos financeiros em gasto energético e ambiental é o que faz o desenvolvimento e avanço tecnológico destes equipamentos, que atualmente possuem pouco consumo energético e mínima agressividade ao meio ambiente.
Claro que novos questionamentos ainda podem surgir e, com isso, proporcionar maiores avanços tecnológicos e aperfeiçoamento da tecnologia. Os equipamentos atuais podem tanto resfriar o ambiente como aquecer usando um ciclo reverso. Em alguns lugares do globo onde a temperatura é muito fria, usam também o sistema de calefação, o qual é capaz de aquecer o ambiente com menor gasto energético. Assim, em diversos projetos, é considerado o clima do país e, de forma direcionada, é feita a escolha de pisos, janelas e até mesmo iluminação, pois são alguns fatores que podem influenciar na temperatura do ambiente e, portanto, em um maior consumo energético.
E você, o que acha sobre a climatização de ambientes internos? Deixe seu comentário!
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Guilherme Menezes
Engenheiro Civil; formado pela Universidade Anhembi Morumbi; atua no desenvolvimento de projetos conceituais e executivos, além da produção de conteúdo relacionado à Engenharia.