Muito se fala em capacidade de gestão e estilos de liderança dos que estão no topo das empresas, assim como a importância, cada vez maior, destes assuntos para o desenvolvimento das organizações no mercado trabalho. Quais as diferentes características dos líderes e como estas influenciam na dinâmica das atividades realizadas pelos funcionários nas empresas, sejam elas públicas ou privadas? E na Engenharia, esta realidade também é perceptível?

Independentemente da carreira, desde engenheiros, arquitetos, administradores ou mesmo profissionais ligados à educação, o espírito de liderança é muito valorizado, uma vez que tem relação direta com o alcance dos objetivos almejados, tanto pelo funcionário como pela organização, caracterizando uma relação funcional. O líder é escolhido como tal e, principalmente, é respeitado, quando apresenta capacidades que vão ao encontro das expectativas de um grupo de pessoas, como os funcionários de um setor da empresa ou integrantes de uma comunidade.
A liderança analisada por estudiosos
Diversos estudiosos já apresentaram modelos de desenvolvimento organizacional (DO) que consideram as relações entre os integrantes das empresas, e analisam a forma com que as estratégias e medidas implementadas na rotina de trabalho dentro das organizações levam a um desenvolvimento das mesmas.
William Blake e Jane Mouton desenvolveram o conceito do "Managerial grid" (ou grade gerencial, em uma tradução livre), em que o administrador se basearia na produção, ou seja, no resultado do trabalho, e também nas pessoas, os funcionários e colegas da empresa. A maior ou menor preocupação com cada um dos dois aspectos traçaria um perfil do administrador. Até que ponto o líder estaria preocupado com o bem-estar e o desenvolvimento de seu funcionário? A importância primordial seria unicamente a realização de tarefas, ou há um equilíbrio e comprometimento com um interesse em comum, dos integrantes e da empresa?

Lawrence e Lorsch, por sua vez, acrescentam questões como a importância da integração entre os diferentes setores de uma empresa. Quanto maior a diversidade, maior a necessidade de integração. E Reddin, por sua vez, apresentou o modelo 3-D da eficácia gerencial, partindo de uma análise de estilos gerenciais e da capacidade de utilizá-los de acordo com a situação. Por exemplo, um estilo mais dedicado ao funcionário pode ser o ideal em determinadas situações, mas em outros momentos, uma maior dedicação às tarefas é o mais indicado.
A capacidade de gestão e a eficácia
Há diferentes tipos de líderes, os autocráticos, que tomam a decisão com pouca ou nenhuma participação dos subordinados, ou então os líderes liberais, com limitada atuação, uma vez que o enfoque é nos funcionários e, por fim, os líderes democráticos, que conseguem resultados melhores na qualidade dos serviços resultantes de debates e de uma participação mais equilibrada entre o líder e o funcionário.
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Frente a todos estes estudos e conclusões, que permanecem atuais mesmo com o passar dos anos, podemos ir além e perceber como um estilo de liderança integrado ao contexto em que os funcionários e a empresa estão inseridos, e aliado à motivação dos funcionários, ao feedback e aprimoramento constantes podem fazer a diferença.

E na Engenharia?
A capacidade de liderança é fundamental no campo da Engenharia, mas é ainda um desafio, apesar dos constantes aprimoramentos desde os anos básicos de formação. O espírito de liderança ficou, por muito tempo, defasado na formação de engenheiros. Mas atualmente já são mais comuns os conceitos de gestão de pessoas, ou mesmo a especialização na área. A UFSCar, por exemplo, oferece o Curso de Especialização em Gestão Organizacional e de Pessoas (GOPe) voltado a engenheiros, arquitetos e outros profissionais que tenham interesse em adquirir mais conhecimentos sobre o assunto.
Conhecer a realidade do mercado de trabalho e, acima de tudo, ter a capacidade de se autoconhecer, ter uma consciência social e liderança com visão de futuro só fazem bem aos atuais e futuros profissionais.
Referências Online: FGV, UFSCar.
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Referência Bibliográfica: CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública.