Pesquisadores da Universidade de Radboud, na Holanda, anunciaram recentemente que, em busca de alternativas sustentáveis, realizaram uma importante descoberta. Eles conseguiram potencializar a solução de baterias de sal, a exemplo daquelas em cloreto de estrôncio. Por que essa é uma notícia importante para a Engenharia? Bem, é que trata-se de um modelo de armazenamento mais eficiente de calor, podendo resolver certos desafios envolvendo ligados à energia solar. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
Desafios Atuais da Energia Solar
Por conta das transformações climáticas, o mundo vive hoje uma crise energética. Para contornar a situação, várias nações estão ampliando seus investimentos em fontes renováveis. Por isso, energia solar e eólica estão em alta, cada vez mais populares. Contudo, essas engenharias esbarram em desafios, sobretudo quanto à deficiência de armazenamento eficiente. E enquanto esses problemas não forem superados, a verdade é que não podemos contar com uma eficiência completa desses sistemas.
O que tem a ver as baterias de sal com tudo isso? Bem, vale lembrar que os painéis solares atingem seu pico durante o verão. Mas e quando chega o inverno? Sim, a produção de energia diminui consideravelmente. O que temos é, então, um desequilíbrio de fornecimento. No melhor cenário, guardaríamos parte da produção de uma estação para outra, assim como se faz com água em regiões de escassez. E as baterias de sal têm justamente potencial de armazenar o calor. Mas, atenção, não é o sal de cozinha comum!
Como funcionam as baterias de sal
As pesquisas conduzidas na Universidade de Radboud, lideradas por Lian Blijlevens, revelaram que, para se conseguir esse nível de armazenamento necessário, poderíamos usar sais específicos, como o já citado cloreto de estrôncio. Explicando melhor, este sal, quando aquecido, libera água de seus cristais, armazenando energia na forma de calor. No fim das contas, temos um processo reciclável, uma solução sustentável para o armazenamento de energia.
Vale destacar que os cientistas testaram centenas de sais usando análise térmica e observando reações ao calor. A escolha final levou em consideração a disponibilidade, segurança e compactação. Só uma dúzia de materiais passou para a fase dois, com testes em laboratório para reciclabilidade. E por que isso é importante? Bom, porque a ideia é que não tenhamos que substituir o sal das baterias todos os anos - imagine que caro e inconveniente. Então, hoje, o melhor candidato (considerando acessibilidade, eficiência no aquecimento e estabilidade a longo prazo) é mesmo cloreto de estrôncio - mesmo em estágios iniciais, sua promessa é notável.
O Futuro das Baterias de Sal
Podemos vislumbrar um futuro com baterias mais eficientes para a geração e armazenamento de energia solar. O modelo apresentado pela equipe de Blijlevens apresenta baixo custo, alta eficiência e estabilidade, ideal para otimizar o uso da energia solar durante todo o ano. Para o mundo, essa capacidade de armazenamento de calor, menos dependente de combustíveis fósseis, deve ser grande ajuda no cumprimento das metas globais de redução das emissões de carbono.
LEIA MAIS
Em resumo, a urgência na transição para fontes de energia mais sustentáveis está sendo atendida por inovações como as baterias de sal. E essa pode ser a chave para desbloquear o potencial total da energia solar, transformando o setor de energia, superando os desafios sazonais e aumentando a eficiência global.
Veja Também:
Fontes: Olhar Digital.
Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com [email protected] para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.