Engenharia 360

Pesquisadores desenvolvem alternativa biodegradável aos microplásticos

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 20/08/2019 | Atualizado em 16/06/2022 2 min
Imagem: avadaenvironmental.com

Pesquisadores desenvolvem alternativa biodegradável aos microplásticos

por Larissa Fereguetti | 20/08/2019 | Atualizado em 16/06/2022
Imagem: avadaenvironmental.com
Engenharia 360
Plásticos e microplásticos estão por todo lado (inclusive na sua comida) e são um problema gigantesco para o meio ambiente. Isso acontece porque eles podem levar anos para se decompor, permanecendo no ambiente e indo parar até no estômago de animais marinhos (e, consequentemente, no seu também).

Os números são absurdos: estima-se que 30.000 toneladas de
microplásticos vão parar nos oceanos todos os anos. Isso seria o mesmo que a
poluição causada por 5 bilhões de garrafas plásticas. 

Algumas legislações já proibiram o uso de microesferas de
plásticos de cosméticos (como no Reino Unido), mas elas ainda estão presentes
em muitos produtos. Então, há uma demanda pelo desenvolvimento de materiais
substitutos que possam ser usados sem comprometer o meio ambiente.

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Uma das ideias partiu da startup Naturbeads, que visa
substituir os microplásticos desses produtos por microesferas biodegradáveis
feitas de celulose. Tais microesferas são feitas usando uma solução de celulose
que é forçada através de pequenos orifícios em uma membrana tubular, criando
gotículas esféricas da solução que são removidas da membrana usando óleo
vegetal. As esferas são coletadas e separadas do óleo antes do uso.

microplásticos
Imagem: phys.org

A Naturbeads fica na Universidade de Bath (no Reino Unido) e a
tecnologia foi desenvolvida pelos professores Janet Scott e Davide Mattia. Eles
fundaram a startup no ano passado para comercializar a tecnologia.

A Naturbeads foi premiada com uma parceria entre o UK Research
and Innovation (UKRI) e o Sky Ocean Ventures (SOV), através do Plastic Research
and Innovation Fund. Em consequência, ela receberá 582.842 libras para
construir e testar um equipamento protótipo para a fabricação de microesferas
de celulose.

microplásticos
Imagem: phys.org

A intenção é de que, com o protótipo, eles consigam produzir amostras em uma escala de quilogramas. Essas microesferas podem ser enviadas para as empresas de cosméticos para testes de novas formulações. Com isso, os professores estão entusiasmados com o fato de ver a tecnologia implantada comercialmente e contribuir para reduzir a poluição por plásticos nos oceanos.

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Fontes: Phys.org

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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