Engenharia 360

Pesquisadores desenvolvem pele eletrônica que pode reagir a estímulos externos

Engenharia 360
por Larissa Fereguetti
| 17/09/2020 | Atualizado em 07/08/2024 2 min
Imagem reproduzida de RMIT Australia

Pesquisadores desenvolvem pele eletrônica que pode reagir a estímulos externos

por Larissa Fereguetti | 17/09/2020 | Atualizado em 07/08/2024
Imagem reproduzida de RMIT Australia
Engenharia 360

Cientistas da RMIT University, em Melbourne, desenvolveram em 2020 uma inovadora pele eletrônica artificial que simula a capacidade da pele humana de reagir a dor, mudanças de temperatura e pressão. Esta tecnologia promissora pode revolucionar o campo da Engenharia Biomédica, oferecendo avanços significativos em próteses inteligentes, robótica avançada e alternativas não invasivas para enxertos de pele. Continue lendo este artigo do Engenharia 360 para saber mais!

protótipo de pele eletrônica sensível sendo segurado por uma mão
Protótipo de pele eletrônica sensível. | Imagem reproduzida de RMIT

O que é pele eletrônica artificial?

O protótipo criado pelos pesquisadores da RMIT imita a resposta do corpo a sensações dolorosas com a mesma rapidez do sistema nervoso humano. Liderado pela engenheira Madhu Bhaskaran, professora da RMIT University in Melbourne e líder do projeto, destaca a importância da pele como o maior órgão sensorial, projetado para enviar sinais rápidos de alerta em resposta à dor.

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"O protótipo desenvolvido é um passo crítico à frente no desenvolvimento futuro de sistemas sofisticados de feedback para fornecer próteses realmente inteligentes e robótica inteligente." - Madhu Bhaskaran.

Além do protótipo para detecção de dor, os pesquisadores também desenvolveram dispositivos eletrônicos capazes de detectar mudanças de temperatura e pressão. Juntos, os três visam fornecer à pele eletrônica a capacidade de detecção de estímulos da pele real.

Tecnologias inovadoras da pele eletrônica

A nova pele eletrônica combina três tecnologias patenteadas pela equipe de pesquisa:

  1. Eletrônica Extensível: Utiliza materiais óxidos e silício biocompatível para criar eletrônicos transparentes, inquebráveis e ultrafinos, semelhantes a adesivos.
  2. Revestimentos Sensíveis à Temperatura: Com camadas mil vezes mais finas que um fio de cabelo humano, esses revestimentos respondem rapidamente a variações de calor.
  3. Memória Eletrônica: Materiais que simulam a memória do cérebro, permitindo que a pele eletrônica retenha e recorde informações anteriores.
protótipo de pele eletrônica sensível em braço
Protótipo de pele eletrônica sensível. | Imagem reproduzida de RMIT Australia

Combinando essas tecnologias, o protótipo consegue detectar e reagir a estímulos como pressão, dor e mudanças de temperatura, possibilitando distinguir entre diferentes tipos de toque, como uma agulha ou um dedo.

Veja Também: Engenheira desenvolve pele sintética flexível para próteses

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Impacto futuro e publicações

A pesquisa foi publicada na revista Advanced Intelligent Systems e já possui uma patente (clique aqui para conferir o artigo). Este avanço representa um passo significativo no desenvolvimento de sistemas de feedback sofisticados para próteses verdadeiramente inteligentes e robótica inteligente.

Você acha que essa inovação pode transformar a Engenharia Biomédica? Deixe sua opinião nos comentários!


Fontes: RMIT Australia; TechXplore.

Imagens: Todos os Créditos reservados aos respectivos proprietários (sem direitos autorais pretendidos). Caso eventualmente você se considere titular de direitos sobre algumas das imagens em questão, por favor entre em contato com contato@engenharia360.com para que possa ser atribuído o respectivo crédito ou providenciada a sua remoção, conforme o caso.

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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