Em 2016, no deserto de Neguev, em Israel, surgiu uma central de energia solar concentrada chamada Ashalim, que se destacava como a torre de energia mais alta do mundo, com 240 metros de altura. Esta inovadora instalação teria a capacidade de converter a energia solar em eletricidade, fornecendo energia para até 120 mil famílias.
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A Transformação da Torre de Energia Neguev
O projeto teve seu início em 2013. Diferentemente dos sistemas de energia solar fotovoltaica, que geram eletricidade diretamente em células solares, a central de Ashalim utilizava uma abordagem concentrada com 50 mil heliostats controlados por computador. Esses heliostats refletiam a luz solar em uma direção específica, concentrando-a em encanamentos na torre central. Isso aquece uma mistura de sal fundido que, em contato com a água, gera vapor para acionar turbinas e geradores de eletricidade.
Os heliostats cobrem uma área superior a 3 km², e graças às tecnologias de armazenamento térmico avançadas, a usina pode operar 24 horas por dia, mantendo o sal fundido a altas temperaturas para garantir uma produção contínua de energia. Além disso, o projeto apresentou a vantagem de reduzir as emissões de dióxido de carbono em 110 mil toneladas por ano.
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Desafios e controvérsias quanto à saga da 'Olho de Sauron' de Israel
A expectativa era que a central de energia solar gere continuamente 300 MW, o que representa cerca de 2% da capacidade total de produção de eletricidade de Israel. Essa instalação desempenha um papel fundamental no cumprimento da meta do país de produzir mais eletricidade por meio de fontes renováveis. O projeto contou com um orçamento inicial de US$ 773 milhões (dados de 2013) e foi desenvolvido pela empresa Megalim, uma sociedade formada pela francesa Alstom e a norte-americana BrightSource Energy.
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Em 2019, foi inaugurada a nova torre solar, no complexo solar de Ashalim. Essa torre, ficou apelidada popularmente de "Olho de Sauron" devido ao seu tamanho imponente e brilho intenso.
Apesar de sua notoriedade, a "Olho de Sauron" enfrentou críticas, incluindo o alto custo de construção e as tarifas elevadas para os consumidores. Além disso, surgiram preocupações sobre a possível influência nociva da luz refletida e a poluição visual que a torre causava na paisagem local. Vale ressaltar que, embora existam cerca de 25 torres semelhantes no mundo, apenas uma, localizada nos Emirados Árabes, é comparada à de Ashalim.
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Fonte: eCycle.
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Eduardo Mikail
Engenheiro Civil e empresário. Fundador da Mikail Engenharia, e do portal Engenharia360.com, um dos pioneiros e o maior site de engenharia independente no Brasil. É formado também em Administração com especialização em Marketing pela ESPM. Acredita que o conhecimento é a maior riqueza do ser humano.
