Desde a década de 80 (ou um pouquinho antes) esses equipamentos para impressão 3D de casas estão no mercado, obviamente limitados pelo ferramental e pelos dispositivos da época.
Graças ao avanço tecnológico dos últimos anos as impressoras 3D se popularizaram. De acordo com a consultoria IDC, até 2017 o setor deverá crescer 59% em número de unidades e 29% em receita. Ou seja, o boom nem aconteceu ainda.
Mas o que vale é descobrir, enquanto esse boom não acontece, como alguns setores estão se apropriando dessa tecnologia para crescer, otimizar os processos, reduzir custos e aumentar o lucro. Ou, em alguns casos, apenas encontrar soluções que antes pareciam impossíveis ou caras demais para sem executadas.
Nos Estados Unidos, um estudo financiado parcialmente pela NASA desenvolveu uma técnica para imprimir concreto. A massa é impressa, camada por camada, respeitando e mantendo o formato tradicional. Para “desenhar” uma parede, a impressora é instada em trilhos que seguem o contorno das paredes da casa e permitem a impressão em tamanho real.
Se imprimir uma casa inteira ainda é algo fora da realidade e do cotidiano das construtoras, tirar da tela do computador o projeto daquela obra ficou muito mais fácil. “Hoje uma aplicação muito real que a gente tem na construção civil aqui é no desenvolvimento de maquetes. A forma de vender o seu projeto muda, porque ele sai da tela e sai de uma folha de papel e vira algo tangível”, conta Rodrigo Krug, diretor da Cliever.
Aqui no Brasil o mercado de impressoras 3D cresceu bastante de 2013 para cá, mas ainda existe uma demanda muito maior de centros de pesquisa e de universidades, segundo Rodrigo Krug. Apesar disso, arquitetos, protéticos, engenheiros e cirurgiões estão começando a investir nesses equipamentos.
Um dos principais fatores para popularização das impressoras 3D entre esses profissionais é a facilidade para lidar com os softwares de modelagem. Acessíveis e fáceis de lidar após algum tempo de prática. Com esses softwares não é preciso nem mesmo saber desenhar, porque a modelagem pode ser feita a partir de fotos comuns, em duas dimensões.
No caso da construção civil, objeto de boa parte dos testes e pesquisas feitos até agora, as vantagens apontadas são muitas. As principais são a redução dos custos provocada pelo cálculo meticuloso do material necessário, o barateamento dos gastos com mão de obras já que com a impressora o número de operários pode ser reduzido, e a diminuição considerável do tempo de construção.
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Mesmo sem exemplos de casas impressas aqui no Brasil, o potencial da utilização dessa tecnologia na construção civil é enorme. Vale lembrar que imprimir blocos ou partes de uma determinada peça também é viável e algumas empresas já atuam nesse segmento. É como brincar de Lego em tamanho real.
Calma! Só mais um minuto…
…preciso registrar que essa é a coluna de estreia aqui no 360. Semanalmente vou falar sobre as tendências e as novidades do mundo da tecnologia. Não é preciso dizer para você, caro leitor, que Engenharia e Tecnologia caminham juntas, como primas, irmãs ou seja lá qual a relação que queira estabelecer. Mas o fato é que já está sendo uma experiência incrível me juntar ao time do Engenharia 360!