Mesmo com o avanço da robótica, produzir alguns materiais nem sempre é uma tarefa fácil. Pensando nisso, uma equipe de engenheiros desenvolveu uma forma automatizada de produzir polímeros usando um robô e um software que pode facilitar esse processo de forma considerável, trazendo grandes benefícios para a indústria.
Com essa técnica desenvolvida, os pesquisadores facilitaram a criação de materiais avançados voltados para a melhoria da saúde humana. Isso acontece porque os polímeros sintéticos são muito usados em materiais avançados com propriedades especiais, como os presentes em tecnologias de diagnóstico, dispositivos médicos, eletrônicos, sensores, robôs e iluminação.
Enquanto um pesquisador humano consegue fabricar alguns polímeros por dia, o novo sistema automatizado, que conta com um software personalizado e um robô que manipula os líquidos, pode criar até 384 polímeros diferentes ao mesmo tempo. Não que o trabalho humano deva ser menosprezado, mas a diferença na quantidade produzida é bem grande (e o trabalho humano pode ser aplicado em outros esforços)
Embora a robótica tenha automatizado o modo de fabricar materiais nos últimos anos, a síntese de polímeros ainda é um desafio, visto que grande parte das reações químicas é muito sensível ao oxigênio e não pode ser feita na sua presença. Já na plataforma de robótica desenvolvida, as reações realizadas toleram o oxigênio.
Com um software personalizado, o robô manipula os líquidos e interpreta os projetos de polímeros feitos em um computador, realizando todas as etapas da reação química. Isso, além de produzir materiais em uma escala muito maior que se houvesse um humano fazendo, ele facilita a criação de um polímero mesmo por quem não é especialista.
A esperança é de que, em um futuro próximo, os polímeros sejam produzidos de uma forma muito mais fácil. Isso pode permitir que os pesquisadores explorem uma grande “biblioteca de polímeros” para as aplicações químicas e biológicas, aumentando a qualidade de vida da população. Ou seja, é a Engenharia cumprindo seu papel na melhoria das nossas vidas.
Fontes: Science Daily.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.