O Brasil ainda tem pesadelos com o que aconteceu em Brumadinho e Mariana. A lembrança desse incidente deve nos perseguir para sempre. Infelizmente, nada parece ter sido aprendido com este erro. Os projetos e manutenções de estruturas tipo barragem ainda seguem o mesmo modelo, colocando medo na população que passa a sofrer cada vez mais com os eventos climáticos. Veja o exemplo do que ocorre no Rio Grande do Sul.
A enchente histórica de maio de 2024 também provocou uma crise nos sistemas de barragens do estado. Estas estruturas de engenharia ficaram próximas de colapsar por conta do alto volume de chuva na região. Inclusive, chegou a ter um rompimento parcial da barragem 14 de Julho, perto de Bento Gonçalves, expondo 15 municípios a riscos iminentes, exigindo que a população abandonasse as suas casas.
Neste artigo do Engenharia 360, exploramos os perigos que essas estruturas podem representar após o seu rompimento. Confira!
A urgência da ação
Antes de tudo, vale dizer que essas mudanças climáticas não ocorrem hoje só no Rio Grande do Sul, mas em todo o país e o mundo. E, em meio a isto, Brasil precisa reconhecer que passa por uma crise crescente de segurança de suas barragens. Estima-se que pelo menos 45 reservatórios estão vulneráveis, sob o risco de ruptura, estando em ameaça constante. Rachaduras, infiltrações e falta de manutenção são apenas algumas das preocupações, evidenciando uma falha sistêmica na prevenção de desastres.
O chamado à responsabilidade
É impressionante que mesmo após os desastres em Minas Gerais não tenhamos aprendido nada. Soluções a Engenharia tem, mas elas precisam ser levadas a sério pelos governantes! O rastro de morte e destruição não pode ser ignorado. Ações devem ser tomadas para o enfrentamento dos novos cenários que virão pela frente. É inaceitável que o valor em reparações seja maior que prevenção! Afinal, nesse embate, há vidas em jogo.
É preciso fiscalização adequada, investimentos em manutenção e regulamentações eficazes que contribuam para uma mudança de situação. Sobretudo a conscientização dos proprietários das barragens e o compromisso com a segurança para evitar futuras tragédias.
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Esse caso da barragem 14 de Julho serve como alerta sobre os perigos que essas estruturas podem representar, expondo a fragilidade de um sistema negligenciado e a necessidade urgente de medidas preventivas e planos de ação eficazes para a população em áreas de risco.
Os riscos após o rompimento de barragens
1. Risco à segurança
O rompimento das barragens coloca em risco a segurança hídrica e também coloca em risco a vida e o bem-estar das comunidades afetadas.
2. Inundações devastadoras
A liberação abrupta de um grande volume de água pode causar inundações devastadoras e enxurradas de alta velocidade, arrastando tudo em seu caminho e colocando em risco a vida de pessoas e animais. Por isso, lá no Rio Grande do Sul, foi solicitada a evacuação de várias comunidades.
3. Alagamentos de áreas
A lama tóxica liberada pela barragem pode contaminar o solo, a água e o ar, provocando danos materiais, além de causar danos incalculáveis à saúde humana, à agricultura e ao meio ambiente.
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4. Isolamento de comunidades
O rompimento de barragens pode danificar ou destruir pontes e estradas, isolando comunidades e dificultando o acesso a serviços essenciais.
5. Impactos psicológicos
Por fim, testemunhar a destruição e o caos causados por um rompimento de barragem pode gerar traumas psicológicos duradouros nas pessoas afetadas.
A prevenção como chave para evitar tragédias
Só a prevenção pode evitar tragédias como esta, de rompimento de barragens! É fundamental, como dissemos antes, inspeções regulares e manutenções rigorosas destas estruturas de engenharia, de modo a garantir a segurança e evitar rupturas. Inclusive, pode-se valer de sistemas de monitoramento eficientes para detectar sinais de alerta e permitir a tomada rápida de medidas preventivas.
Planos de ação detalhados devem ser elaborados para garantir a resposta rápida, incluindo a evacuação segura da população e a contenção dos danos. Aliás, a população em áreas de risco deve ser informada sobre os riscos potenciais e os procedimentos de segurança a serem seguidos em caso de emergência.
O que o Rio Grande do Sul e todo o Brasil precisa agora é ação coordenada e comprometimento real!
Observação: É fundamental que Engenharia Hídrica seja uma prioridade máxima dos governos estaduais e federal.
O que fazer em caso de alerta
- Fique atento aos avisos das autoridades: Siga as instruções e orientações dos órgãos competentes, como Defesa Civil e sirenes de alerta (quando houver).
- Evacue imediatamente as áreas de risco: Se você estiver em uma área de risco, saia o mais rápido possível e procure um local seguro em altitude elevada.
- Não tente atravessar áreas inundadas: A correnteza forte e os detritos podem ser perigosos e até fatais.
- Mantenha-se informado: Acompanhe as notícias e informações oficiais sobre a situação para se manter atualizado sobre as medidas de segurança e os riscos.
- Ajude seus vizinhos: Se possível, auxilie pessoas idosas, crianças ou pessoas com deficiência que necessitem de ajuda para evacuar.
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Fontes: O Globo, Instituto Socioambiental.
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Eduardo Mikail
Somos uma equipe de apaixonados por inovação, liderada pelo engenheiro Eduardo Mikail, e com “DNA” na Engenharia. Nosso objetivo é mostrar ao mundo a presença e beleza das engenharias em nossas vidas e toda transformação que podem promover na sociedade.