Nos últimos anos, vimos um boom de gadgets vestíveis voltados para o controle da saúde humana, como relógios que fazem eletrocardiograma, monitores de frequência cardíaca, roupas com dispositivos de medição, etc. Agora, também temos um pijama com detectores de sinais fisiológicos, o Phyjama.
O Phyjama consiste em um pijama (como o nome já diz), cujo tecido contém detectores fisiológicos que podem monitorar fatores como a frequência cardíaca e o ritmo respiratório durante o sono. O objetivo é que seja cada vez mais confortável pelo usuário (algo que os atuais métodos de medição não são, já que ninguém gosta de ficar ligado em vários eletrodos enquanto dorme).
Embora as roupas de dormir sejam naturalmente largas (por questões de conforto), logicamente, algumas partes ficam pressionadas durante o sono, já que ninguém dorme levitando. Essas regiões apresentam grande potencial de medição de sinais fisiológicos.
Obviamente, há o problema do fato de que esse sinal coletado pode ser um dado não tão confiável. Essa incerteza diminui quando é utilizado o sinal de diferentes partes do corpo de forma combinada, promovendo uma leitura mais precisa.
Desenvolver os sensores e incorporá-los ao Phyjama não foi uma tarefa simples. Como o conforto também foi considerado, foi preciso conseguir integrar os sensores ao tecido de modo não muito rude, além de pensar na combinação dos sinais e usar sensores que são ativados com base no contato físico e uma pressão sobre o tecido.
Durante a investigação da pesquisa, os cientistas verificaram que a combinação de sensores permitiu a detecção de sinais fisiológicos em diferentes posturas do corpo. Os testes com os usuários (em ambiente natural e artificial) mostraram que foi possível extrair picos de batimentos cardíacos com alta precisão e de frequência respiratória com menos de um batimento por minuto de erro, além de prever perfeitamente a postura durante o sono.
É claro que você não vai comprar e usar um Phyjama se não tem nenhum distúrbio ou nada a ser investigado (hipocondríacos, controlem-se!). O Phyjama foi desenvolvido com foco em pessoas que apresentam distúrbios do sono, como idosos. Os atuais gadgets vestíveis não se encaixam para essa população devido à necessidade de uso adequado. No caso do pijama, só é preciso vestir.
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Os cientistas estão empolgados com o Phyjama. Além disso, é incrível acompanhar a evolução tecnológica, principalmente quando ela é voltada diretamente para a melhoria da qualidade de vida.
Fontes: University of Massachusetts; Techxplore.
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Larissa Fereguetti
Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.