No dia 14 de dezembro de 2023, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) fez um anúncio importante, de que estava colocando em operação o Coaraci, um supercomputador que promete revolucionar as atividades no Centro para Computação em Engenharia e Ciências (CCES). Especialistas garantem que essa ferramenta abrirá caminho para descobertas e avanços que moldarão o futuro da computação e da ciência.
Só para se ter uma dimensão desse feito, o Coaraci tem capacidade de 1 PB de armazenamento. Sendo assim, tal tecnologia é considerada uma potência destinada a catalisar pesquisas na instituição, em outras instituições acadêmicas brasileiras e em empresas que demandam computação de alto desempenho. Continue lendo este texto do Engenharia 360 para saber mais!
Especificações Técnicas do supercomputador da Unicamp
O supercomputador da Unicamp, Coaraci, é considerado uma máquina poderosa e versátil, a mais veloz entre as universidades do país. Eis as suas principais especificações técnicas:
- 13.008 núcleos de CPU AMD
- 150.528 CUDA Cores
- 42 GPGPUS NVIDIA A30 de 24 GB
- 36,6 TB de memória RAM
- 1 PB de armazenamento BeeGFS
O lançamento do novo cluster ocorreu no Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW), lar do Centro de Computação John David Rogers (CCJDR), onde o supercomputador foi instalado. A cerimônia contou com a presença de ilustres representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além de parceiros fundamentais como NVIDIA, Dell e Versatus.
A crescente demanda por desempenho no país
Existe uma importância estratégica nesta notícia recém divulgada. Por que projetos como o Coaraci são relevantes atualmente? A explicação é simples: a demanda por computação de alto desempenho no Brasil é grande, especialmente em estados como o de São Paulo, ao mesmo tempo que há uma obsolescência dos dispositivos de computação no país.
Traduzindo, este supercomputador da Unicamp é lançado em um momento crucial para atender o mercado - após atrasos no seu planejamento, que começou em 2019, em decorrência da pandemia. E, nesse cenário, a colaboração do Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Cenapad) foi essencial para a incorporação de tecnologias necessárias às diversas áreas de pesquisa.
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A configuração do Cluster Coaraci
Recapitulando então, o Cluster Coaraci é flexível, estando configurado para atender a uma variedade de projetos. Isso inclui, por exemplo, pesquisas voltadas à computação pura até áreas de fronteira, como a bioinformática.
Embora as notícias veiculadas nas mídias sobre o supercomputador da Unicamp não detalhe como esse equipamento de alta performance será utilizado, ou em que tipo de pesquisa sua tecnologia será explorada, podemos apresentar algumas sugestões neste texto:
- Treinamento de IA para o desenvolvimento de produtos e serviços e simulações, como de carros mais eficientes e turbinas eólicas mais potentes.
- Estudo de estruturas e propriedades dos materiais, com simulações, para o desenvolvimento de novos materiais com propriedades específicas, como resistência a altas temperaturas ou leveza.
- Simulações de processos químicos, como a produção de medicamentos ou a geração de energia, visando sua melhor eficiência e segurança.
- E análises de grandes conjuntos de dados biológicos, como o DNA e o RNA, para o desenvolvimento de novos medicamentos, diagnóstico de doenças e compreensão da evolução humana.
Considerações Finais | O futuro da computação na Unicamp
A saber, o supercomputador da Unicamp, Coaraci, é considerado um legado duradouro para as futuras gerações. Ele foi adquirido como parte do projeto de renovação do Centro para Computação em Engenharia e Ciências (CCES), que é um dos centros de pesquisa apoiados pelo programa CEPIDs da FAPESP.
Há 13 anos, a Unicamp já havia ativado um supercomputador, o Kahana. Porém, o mesmo, embora ainda desempenhe um papel vital no ambiente acadêmico da instituição, não alcança a mesma capacidade do Coaraci. Como dito anteriormente, com a evolução tecnológica, foi exigida a incorporação de uma tecnologia ainda melhor para atender demandas mais complexas e intensivas em computação.
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Concluindo, o Cluster Coaraci representa não apenas um avanço tecnológico, mas também um compromisso da ciência brasileira com sua excelência acadêmica. Sua ativação marca um novo capítulo na história da Unicamp, impulsionando a pesquisa e a inovação em diversas áreas.
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Fontes: Jornal O Estadão, Unicamp.
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Eduardo Mikail
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