Engenharia 360

Nova bateria promete ser mais eficiente e mais resistente ao calor

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por Larissa Fereguetti
| 28/09/2020 | Atualizado em 12/05/2022 2 min

Nova bateria promete ser mais eficiente e mais resistente ao calor

por Larissa Fereguetti | 28/09/2020 | Atualizado em 12/05/2022

Ela vence duas barreiras das bateriais de fluxo redox: a toxicidade e a baixa tolerância ao calor.

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Ela vence duas barreiras das bateriais de fluxo redox: a toxicidade e a baixa tolerância ao calor.

Atualmente, um dos grandes vilões da vida útil das baterias é justamente o calor. Ter uma bateria mais resistente a esse fator poderia proporcionar maior durabilidade e mais avanço tecnológico, como melhoria nos carros elétricos, notebooks e celulares com maior tempo sem necessidade de cargas, melhor armazenamento de energia renovável, etc.

Para conseguir isso, pesquisadores da Friedrich Schiller Universitat Jena (na Alemanha) desenvolveram novos eletrólitos poliméricos para baterias que podem ser flexíveis, eficientes e ecofriendly. Essas baterias são de fluxo redox, que são aquelas que armazenam eletricidade em dois tanques contendo sais dissolvidos em ácidos inorgânicos. Nelas, os componentes podem ser armazenados em um local descentralizado, permitindo que ela seja dimensionada conforme o necessário.

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Essa “flexibilidade” faz com que as baterias de fluxo redox sejam uma promessa para o futuro. Porém, até agora, ela também tinha dois pontos fracos: o uso de metais pesados tóxicos ao meio ambiente (como vanádio dissolvido em ácido sulfúrico) e a restrição de trabalho a 40 graus Celsius, demandando um sistema de armazenamento.

Configuração de teste no CEEC Jena para desenvolver novos materiais ativos para baterias de fluxo redox. Imagem: Philipp Borchers / Uni Jena
Configuração de teste no CEEC Jena para desenvolver novos materiais ativos para baterias de fluxo redox. Imagem: Philipp Borchers / Uni Jena

O que os pesquisadores da Friedrich Schiller Universitat Jena fizeram foi projetar um novo tipo de polímero que é solúvel em água - tornando-o adequado para uso em um eletrólito aquoso – e que contém ferro, que fornece a capacidade de armazenar eletricidade. Esse mesmo polímero também é capaz de lidar com uma temperatura de até 60 graus Celsius.

Os pesquisadores também verificaram que a bateria funciona com mais eficiência que as antecessoras. Com todas essas vantagens, ela pode ser usada em locais mais quentes, como Brasil, Índia e outros países que atingem temperaturas mais elevadas.

A pesquisa completa foi publicada na revista Advanced Energy Materials com o título “Aqueous Redox Flow Battery Suitable for High Temperature Applications Based on a Tailor‐Made Ferrocene Copolymer”. Clique aqui para conferir.

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Veja Também: Eletrólito pode ser a chave para a nova a geração de baterias mais eficientes


Referências: Friedrich Schiller Universitat Jena

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Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.

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