Conversar com alguém a quilômetros de distância, a partir de um simples acesso ao FaceTime ou Skype, é tão normal atualmente que não paramos para pensar em todos os estudos, pesquisas e experimentos que foram necessários para a tecnologia da comunicação sem fio. Para se chegar às possibilidades de hoje, Nikola Tesla já manifestava a possibilidade de uma comunicação a distância e sem fios desde o início do século XX.
Tesla, de origem sérvia, nasceu em região da atual Croácia, em 1856. Foi ele o “pai” de diferentes invenções, como o motor elétrico de corrente alternada. Em 1883, apresentou o primeiro gerador de corrente alternada. Mas naquela época, Tesla não teve o devido reconhecimento da comunidade científica europeia. Anos depois, foi nos EUA que as invenções, com aperfeiçoamentos, despontaram.
Como engenheiro eletricista, Tesla defendeu que a energia wireless seria o único modo de tornar viável o uso da energia elétrica. Em 1894, o inventor conseguiu acender uma lâmpada através da indução eletrodinâmica, ou seja, sem qualquer cabo para condução da energia, a partir de um campo magnético de baixa frequência.
Comunicação sem fio
Mas o engenheiro não parou por aí, principalmente quando se fala em tecnologia wireless. Tesla já previa a comunicação sem fios, com a troca de mensagens e em tempo real, possibilitando o que hoje conhecemos como videoconferência. Sua citação a respeito do que seria já uma descrição do atual Smartphone foi publicada em janeiro de 1926, na Collier's Magazine, e está presente na biografia “Lightning in his hand: the life story of Nikola Tesla”, de Inez Hunt:
“Quando [a conexão] sem fio for perfeitamente aplicada, a Terra inteira será convertida em um enorme cérebro, o que na verdade é, sendo que todas as coisas são partículas de um conjunto real e rítmico. Seremos capazes de nos comunicar uns com os outros instantaneamente, independentemente da distância. Não só isso, mas por meio da televisão e da telefonia vamos ver e ouvir uns aos outros tão perfeitamente como se estivéssemos frente a frente, apesar de intervirem distâncias de milhares de milhas; e os instrumentos através dos quais seremos capazes de o fazer serão incrivelmente simples em comparação com o nosso telefone atual. Um homem será capaz de transportar no bolso do seu colete”.
Tesla chegou a desenvolver o que seria um rádio transatlântico, de maneira que fosse possível coletar informações e transmiti-las para aparelhos portáteis, mas muitos de seus inventos ainda não tinham como ser aplicados com os elementos existentes na época.
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O tempo mostrou como Nikola Tesla estava correto. Além disso, foi possível perceber como o engenheiro era visionário e contribuiu, há mais de 100 anos, para o desenvolvimento de tecnologias que utilizamos hoje. Vale a pena conhecer mais sobre o engenheiro e inventor!
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Referências: Revista Galileu, Telegraph, BigThink, Tecmundo