A criadora dessa incrível engenhosidade é a engenheira eletricista Aline Gonçalves Santos, que resolveu desenvolver o seu próprio veículo elétrico - tendo em vista o preço ainda exorbitante dos carros movidos a eletricidade no país. E a escolha do modelo a ser transformado foi certeira: um fusca 1972!
A capixaba conta detalhes de como idealizou o projeto: “comecei a pesquisar sobre carro elétrico. Queria entender por que ele é tão caro, o que tem nele que é um ‘ouro’ que deixa ele tão caro assim. Comecei a pesquisar e entendi o que era o ‘ouro’ dele para ser supercaro. Entendi a questão da bateria, que é o que tem de maior valor em um carro elétrico. Eu fiquei com aquela coisa me perturbando. Eu queria um carro elétrico, era um sonho. Então, nos tempos vagos, eu comecei a estudar para entender o funcionamento do carro elétrico”.
Elaboração do fusca elétrico
O objetivo da engenheira Aline era criar um fusca elétrico composto por peças 100% nacionais. Após tentar desenvolver o próprio sistema de baterias, por meio da reciclagem de notebooks, e não obter resultados, ela optou por trazer as baterias de outro país.
“O único sistema que eu tive que importar foi o sistema de baterias. Eu importei esse sistema e incluí no sistema que eu já tinha pronto, da parte da tração do veículo. E aí, realmente, ele andou. Foi um alívio muito grande porque eu já tinha investido bastante e eu fiquei super feliz e todo mundo que estava participando comigo no projeto.",
"Os mecânicos, o pessoal todo que estava ajudando. Na primeira vez que a gente saiu do lugar foi uma festa porque a gente estava muito ansioso. Depois que eu montei aquele veículo eu pensei: ‘gente, não é possível. É isso!”, recorda.
O carro elétrico passou a funcionar após pouco mais de dois anos e uma aplicação de aproximadamente R$ 100 mil no projeto, sendo exposto publicamente em 2018. O fusca da engenheira Aline consegue alcançar a média de 50 km a uma velocidade de 50 km/h, depois de oito horas conectado em uma tomada residencial.
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Aplicativo para mais funções
Notando o sucesso da nova versão do clássico da Volkswagen, a engenheira pensou em outra maneira de aprimorar ainda mais o automóvel. Agora, seu intuito é criar um aplicativo para oferecer mais funções ao fusca, como a monitoração do percentual de bateria, a opção de rastreamento e trajeto trilhado, além da abertura das portas.
“Ele abre e fecha as portas, aparece a autonomia, velocidade, a temperatura, etc. Você consegue monitorar todas as baterias, controlando as que estão em nível mais baixo ou mais alto. Enfim, uma série de questões que a gente está implementando nesse aplicativo para você monitorar a parte elétrica do carro”, explica a engenheira eletricista.
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Interessados no veículo
Em meio à fama, conquistada pelo fusca elétrico, inúmeras propostas para adquirir o carro começaram a surgir. Entretanto, a engenheira não pensa em vender o veículo, independente do valor oferecido. “Nem chego nesse número porque não tem um valor. A pessoa chega e pergunta: ‘quanto você daria nesse fusca?’. Eu já corto aí, entendeu? Ele não está à venda”, finaliza.
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Fonte: Olhar Digital.
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Samira Gomes
Engenheira de Produção formada pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF); certificada como Yellow Belt em Lean Seis Sigma.