Nesses tempos modernos as coisas vêm acontecendo com uma grande dinâmica, o que era novidade ontem, hoje já não é mais. Portanto, informações que nossos avós recebiam ao longo de toda uma vida nos é jogada na cara em poucas semanas. A novidade de hoje, já será substituída por outra amanhã.
De fato, a sociedade está modificando seus padrões, as grandes companhias e corporações também estão, e em meio a todo esse caos, as chances de nos perdermos é grandiosa. Com isso, somos cada dia mais cobrados e não sabemos como lidar. É nesse sentido que a metodologia IKIGAI pode ajudar.
O que significa ter uma vida (iki, em japonês) em harmonia com seus desejos e expectativas (kai)?
Não existe uma tradução direta para o termo. No entanto, o mais próximo que se pode chegar é a descrição feita por Ken Mogi, autor do livro Ikigai: Os cinco passos para encontrar seu propósito de vida e ser mais feliz (Astral Cultural, 2018). "Ikigai é a sua razão de viver", diz o neurocientista japonês. Segundo o autor, é "muito importante identificar as coisas que você gosta de fazer e que te dão prazer, porque elas dão propósito à vida e levam a uma existência longa e feliz".
Uma metodologia de autoconhecimento que aborda diversas áreas e intersecções da vida pessoal e profissional. Assim, alinha seus valores, expectativas, desejos e possibilidades reais de trabalho.
Certamente, quando o trabalho é motivado por um propósito pessoal e há alinhamento entre seus valores individuais e os valores de uma organização, você fica mais satisfeito e produtivo – o que beneficia todo mundo.
"É a felicidade que vem de sempre ter algo para fazer, de estar ocupado.", diz Francesc Miralles, que, junto com Héctor García, escreveu o livro Ikigai: Os segredos dos japoneses para uma vida longa e feliz (Intrínseca, 2016). Ou seja, a ideia por trás disso é que, "se você encontra algo que dê sentido à sua vida, isso o faz seguir em frente e o mantém motivado.", diz Miralles.
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O Ikigai é moldado pela intersecção de quatro dimensões básicas: a sua paixão, a sua profissão, o seu talento (vocação) e a sua missão de vida.
Como moldar seu Ikigai?
Na primeira seção (o que amo fazer), está é a motivação mais profunda do indivíduo. Questione-se: Qual é sua paixão? O que ama? Pense no conselho de Warren Buffet: o que você faria se não precisasse de dinheiro?
Na segunda seção (o que posso fazer bem), a proposta é aproximar-se de sua vocação de maneira mais prática. Questione-se: No que você é bom? Quais são seus pontos fortes? O que sabe que pode fazer bem? O que outros valorizam em você? Pergunte também para amigos, colegas e familiares.
Na terceira seção (o que posso ser pago para fazer), a visão é mais realista: Onde você poderia trabalhar? Que profissão poderia exercer que esteja alinhada com suas reflexões anteriores? O que você faz e que outros estão dispostos a pagar? Pense no maior número de trilhas possível.
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Na quarta seção (o que é bom para mundo) é um tanto mais abstrata, mas nem por isso menos importante. Qual é sua missão na Terra? O que você pode conquistar que ajudará outros, tornar o mundo melhor ou agregar valor social? Acredite: todo mundo guarda isso dentro de si.
Seria o Ikigai o segredo da longevidade?
Se você acha seu Ikigai, as pequenas coisas que dão significado à vida podem te ajudar a preservar sua saúde por mais tempo. Pesquisas mostram que, ao saber seu propósito na vida, as pessoas fazem escolhas melhores sobre dieta e estilo de vida.
Estudos realizados pela Universidade Tohoku, em Tóquio, que investigam o sentido e significado da vida e sua correlação com a taxa de mortalidade em idosos. Diz que há uma correlação entre longevidade e ter uma razão de viver: seu sistema imunológico - e, em especial, um tipo de glóbulo branco, o neutrófilo - atua melhor, ajudando a mantê-los saudáveis por mais tempo.
Em uma outra pesquisa, a neuropsicóloga americana Patricia Boyle, do Centro Rush para Mal de Alzheimer, em Chicago, acompanhou 900 idosos que corriam o risco de desenvolver demência em um período de sete anos. Ela concluiu que aqueles com uma boa noção de seu propósito de vida tinham 50% menos chances de ficar doentes.
Aspectos fundamentais
- Pare de atuar no piloto automático: pergunte a si mesmo diariamente se o que você faz lhe traz felicidade.
- Não se compare a ninguém, não deseje ter o mesmo que os outros. Você é a sua própria referência.
- Todos nós temos talento. Porque sempre há algum tipo de habilidade excepcional que nos diferencia dos outros e que devemos aproveitar, nos apropriarmos dela e desfrutá-la.
- É uma dimensão que nos dá energia todas as manhãs e que se traduz em uma série de atividades diárias nas quais desejamos continuar investindo o nosso tempo para fazer cada vez melhor.
- O Ikigai é o oposto da passividade ou do conformismo. Pois ele exige muito de você e o faz se sentir vivo, livre e cheio de energia, independentemente da sua idade ou do seu estado físico.
Vale ressaltar que as dicas acima não estão dispostas para que você se sinta pressionado a encontrar seu Ikigai. Este despertar pode ir acontecendo ao longo da vida. Trabalhar com satisfação aumenta a nossa auto-estima e melhora o nosso humor.
O que você achou dessa metodologia? Deixe sua opinião nos comentários!
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Andreza Ribeiro
Graduando em Engenharia de produção, possui certificado em Business English realizado em Toronto na Stafford House Internacional. Interessada em Gestão, Finanças e Inovação, além de ser apaixonada em astronomia e viajar o mundo.