O que é o tal grafeno que está sendo citado tanto nas mídias recentemente? Você sabe? Bem, ele é um nanomaterial composto por uma única camada de átomos de carbono dispostos em hexágonos e constitui uma das formas cristalinas do carbono. Esse material é atomicamente fino. Possui características únicas, como ser transparente, extremamente flexível, impermeável, mais forte do que o diamante, mais resistente à tração do que o aço e conduzir facilmente calor e eletricidade. E as suas propriedades ópticas permitem a passagem de quase 98% da luz incidente.
Contudo, por ser muito fino, o maior problema do grafeno está no seu manuseio e dobra, difícil sem danificar a sua estrutura. Agora, nessa história, os prós - como você deve ter percebido - são maiores que os contras. Continue lendo o texto para saber mais sobre essa tecnologia impressionante, grande aposta da indústria brasileira em 2021!
A descoberta do Grafeno
O composto foi descoberto em 1947, pelo físico Philip Russel Wallace. Esse pesquisador foi o primeiro a realizar um estudo teórico sobre o material. Mas só em 1962, através dos químicos alemães Ulrich Hofmann e Hanns-Peter Boehm, o grafeno se tornou realidade. Boehm batizou a descoberta com esse nome a partir da junção das palavras 'grafite' e o sufixo 'eno', chegando em 'grafeno'.
Em 2004, os físicos russos Andre Geim e Konstantin Novoselov, da Universidade de Manchester, na Inglaterra, resolveram observar o potencial do grafeno como transistor. Sendo, na época, impossível conseguir uma amostra do material para estudos mais efetivos, sem o isolar da forma correta, os físicos conseguiram fazer o teste com uma fita adesiva. E depois de tantos experimentos inovadores com grafeno, em 2010, eles receberam o prêmio Nobel de Física.
Avanço nas pesquisas
- Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) criaram três dispositivos eletrônicos extremamente úteis utilizando um material composto por camadas finas de grafeno em um ângulo específico. Este material resolve uma variedade de problemas associados à produção de dispositivos utilizados na indústria de eletrônicos quânticos.
- O grupo do físico espanhol Jarillo-Herrero descobriu que, ao se colocar duas camadas de grafeno, uma sobre a outra e ligeiramente torcidas em um ângulo de 1,1 graus, a estrutura resultante se tornava um supercondutor ou um isolante que impede o fluxo de correntes elétricas, dependendo apenas do número de elétrons presentes no sistema em que esteja. Este ângulo foi chamado de “ângulo mágico”.
- Em laboratório, cientistas da Universidade Jyväskylä, na Finlândia, descobriram um novo método para deixar o grafeno mais resistente e flexível usando um tratamento a laser para forjar e endurecer suas fibras. Naturalmente, as fibras de grafeno apresentam certa fragilidade quando usadas para a fabricação de estruturas tridimensionais.
Veja Também: Baterias de grafeno mostram potencial de uso em um futuro próximo
Fontes: Canal Tech, Tecmundo, Plástico em Revista, Gaucha ZH, Canal Tech 2, Techtudo, Canal Tech 3, Saúde Abril, Petro Notícias.
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Eduardo Mikail
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