A China lançou com sucesso o último satélite do Sistema de Navegação Beidou-3, a partir do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang. Com isso, a disposição do Sistema de Navegação Global de Satélite Beidou-3 foi concluída com antecipação de meio ano e o "GPS" chinês pode atuar.
A constelação Beidou
Esperamos não estar ofendendo ninguém ao explicar que o projeto é basicamente um "GPS" chinês, mas é exatamente isso. O sistema consiste basicamente em satélites de órbita média, mas também possui seis em órbita geossíncrona. O foguete que lançou a missão foi o chinês Long March 3B, porque nem só de Falcon 9 os lançamentos vivem e este foi o 55º e último satélite da constelação.
Antes que comecem as teorias conspiratórias, vale mencionar que não se trata de nenhum tipo de imperialismo espacial (a princípio). Não é apenas a a China que tem seu próprio "GPS" (Beidou), mas também a Rússia (GLONASS). Igualmente, a União Europeia tem 22 satélites operantes com essa finalidade (Galileo) e a Índia e o Japão têm sistemas em desenvolvimento.
Entretanto, nem tudo são flores e, apesar de adiantado, o projeto do Beidou enfrentou diversos contratempos para sua concretização. Nós sabemos como lançar foguetes é delicado, e além de falhas de lançamento, a China encarou outras dificuldades: ocorre que outros países deixaram de cooperar com o sistema, por causa de objeções americanas quanto a conexões com as forças armadas da China. Inclusive, um lançamento inicial programado para a semana passada foi eliminado depois que as verificações revelaram problemas técnicos não especificados.
Apesar das adversidades, de acordo com o chefe de projeto, Yang Changfeng, o projeto foi “inteiramente bem-sucedido”. Isso pode significar que a China está deixando de ser “uma nação importante no campo do espaço para se tornar uma verdadeira potência espacial”.
Fonte: The Guardian
PUBLICIDADE
CONTINUE LENDO ABAIXO
LEIA MAIS
E você, o que acha desse programa? Conta para a gente nos comentários!
Comentários
Kamila Jessie
Doutora em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Mestre em Ciências pela mesma instituição; é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) com período sanduíche na University of Ottawa, no Canadá; possui experiência em tratamentos físico-químicos de água e efluentes; atualmente, integra o Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CePOF) do Instituto de Física de São Carlos (USP), onde realiza estágio pós-doutoral no Biophotonics Lab.