2014, o ano da Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Só isso? Acho que não! Parece que a Google também escolheu o ano para crescer mais e, ao contrário de Pinky e Cérebro, que falham sempre  nos planos para dominar o mundo, a empresa já começou com tudo.

Primeiro o Google Glass, depois os carros que funcionam sem intervenção humana e, semanas atrás, a empresa inaugurou a maior usina de energia solar do mundo. Foi só o começo. Os próximos passos são o Android TV e o balão Wi-Fi que pretende levar internet a todos os locais. Se você quer saber o que são esses dois projetos, senta que lá vem a história.

O Android TV pretende ser uma plataforma de filmes, jogos e séries, fornecidas pelo Google e por aplicativos como Netflix, YouTube e Hulu. Como será exatamente, isso ninguém sabe ainda. Há indícios de que seja algo entre o Google TV, um projeto que acabou não dando certo, e o Chromecast, um aparelho para plugar em uma entrada HDMI.

Nos últimos anos houve uma grande mudança nas televisões e a velha caixinha em que nós assistíamos desenho animado agora está cada vez mais “magra” e com mais recursos. A tecnologia 3D que seus avós nem sonhavam hoje já pode ser aproveitada no conforto do sofá de casa e muitas outras vantagens lançadas por aí. A Amazon já lançou sua “Amazon Fire TV” e a LG também não fica para trás em inovações. Agora, com a Google na disputa, é bem provável que a corrida pelo desenvolvimento de novos aparelhos aumente e isso pode mudar muito o ato de assistir televisão.

Enquanto isso, a empresa realiza testes do projeto Loon, que consiste em uma rede de balões quentes espalhados pela estratosfera com o intuito de levar internet a áreas desconectadas do planeta.  Um dos balões, o Ibis-167, surpreendeu ao completar a volta ao mundo em 22 dias, sendo que o previsto era de 33 dias.  Tal projeto é desenvolvido no Google X, o famoso laboratório secreto de onde saíram os óculos e o carros inteligentes.

A ideia é espalhar pela estratosfera vários balões de ar quente com antenas, fazendo com que haja um compartilhamento de Wi-Fi. A empresa ainda está testando diferentes modelos para ver qual material possui melhor durabilidade. O projeto é parecido com o do Facebook, que pretende espalhar a internet por meio de drones e lasers. Quanto mais acesso à internet, mais acessos ao Google e ao Facebook, certo?

E agora é só esperar para ver o que mais vem por aí. Será que veremos a Google dominar o mundo?

Vale ressaltar que tecnologias novas não param de nascer e por trás delas há contribuições de vários engenheiros. Apesar de laboratórios secretos, como o Google X, muitos protótipos saem de projetos de estudantes de graduação. Então, não só engenheiros podem mudar o mundo, mas estudantes de engenharia também podem.

Larissa Fereguetti

Cientista e Engenheira de Saúde Pública, com mestrado, também doutorado em Modelagem Matemática e Computacional; com conhecimento em Sistemas Complexos, Redes e Epidemiologia; fascinada por tecnologia.